Só se não tiver tu

Pietro Fittipaldi é a última opção da Haas para ser titular na temporada 2022 da F1. Porque está clara qual sua função na equipe

Trecho da entrevista de Gene Haas à AP neste domingo demonstra claramente como a Haas vê Fittipaldi: “Pietro definitivamente estará no carro, é para isso que ele serve, ele é o piloto de testes”, em referência às atividades no circuito de Sakhir a partir de quinta-feira.

A saída de Nikita Mazepin deu-se por uma conjunção de fatores meramente político-econômicos. Todo mundo na Haas sabia da qualidade baixa do piloto e de como ele, via pai, bancava bem a farra que é correr de F1. Mas na Haas, não se pode dizer que ninguém engana ninguém: Pietro é, de fato, um mero reserva.

Tem sido assim desde que Fittipaldi lá entrou. Quando Romain Grosjean escapou da morte naquele GP do Bahrein, não havia por quê nem como pensar em outro piloto que não fosse Pietro para substituir o francês nas últimas provas de 2020. Para o ano seguinte, sem Grosjean e Kevin Magnussen, Fittipaldi jamais foi considerado às vagas de titular.

Dias atrás, Guenther Steiner até chegou a dizer que a preferência seria de Fittipaldi. Mas no sábado, o anúncio da quebra de acordo com Mazepin sequer trouxe qualquer palavra ou indicação de que Pietro seria o substituto nos testes da pré-temporada no Bahrein nesta semana.

Assim, que ninguém se iluda: Fittipaldi só será o titular se nenhum outro piloto o puder ser. E sem contar com a preferência da chefia, ainda não tendo também muito apreço da opinião pública no exterior, a conta só vai fechar se o movimento ‘Acorda, Brasil’, iniciado ali e acolá para que empresas nacionais o banquem, de fato for pra frente.

Digamos que o momento não esteja propício para que as empresas brasileiras acordem. Mas as estatais, na mão de quem estão e com o chamego já visto entre as partes interessadas, estão aí pra isso. A corrida é contra o tempo e contra outros.

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