Tchau, Nikita

Mazepin cai fora da F1 não por seu caso de assédio nem por ser um piloto ruim. Lembra muito o caso de um deputado que fez turismo sexual

Acabou: Nikita Mazepin não é mais piloto da Haas. A escuderia anunciou na manhã deste sábado que decidiu romper o contrato com o piloto russo, bem como do seu patrocinador máster, a Uralkali.

Nada, ainda, sobre o piloto substituto. Mais uma vez consultada, uma fonte familiar a Pietro Fittipaldi diz que ainda “aguarda uma comunicação oficial” e que “nada até o momento” foi falado pelo time.

A demora em confirmar o novo titular reforça a ideia de que a Haas não vê Fittipaldi como a opção natural. Ou, na melhor das hipóteses, que ainda há questões financeiras a serem resolvidas para que o anúncio seja feito.

Sobre Mazepin, uma análise breve em relação à vida: precisou de um conflito iniciado pela Rússia na Ucrânia para que encontrasse o caminho da rua na F1. Não foi o caso de assédio a uma mulher tampouco sua baixíssima qualidade como piloto e como pessoa que foram capazes de tirar dele este espaço.

Lembra muito o caso de um deputado que foi fazer turismo sexual na Ucrânia – estava lá mesmo?; voltou rapidinho, não? – e que agora é massacrado por ter seu áudio vazado. Não foram as perseguições a professores, a ofensa a um padre e toda a milícia ideológica a muitos que fizeram ver quem ele é. Agora a patuleia assiste com descalabro a tudo isso, meu deus!, punição já!, e pede sua saída da Assembleia de São Paulo, enquanto ele se alega jovem e empolgado. E quem estava dando (e em) palanque para (com) ele solta a mãozinha para não se sujar mais – como se fosse adiantar na atual conje-ctura…

Tem muito otário no mundo. E tem gente que gosta de ser otário. É bom sempre apontar quem são.

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