Mazepin fora, mas quem entra?

A quinta-feira pós-não-Carnaval e de jornalismo dinâmico aponta para uma notícia que é dada como certa para dois veículos de imprensa alemães: Nikita Mazepin não será mais piloto da Haas na temporada 2022.

Tudo isso envolve sua nacionalidade, a presença da patrocinadora Uralkali e a ligação que seu pai, Dmitry, tem com o governo russo de Vladimir Putin.

Embora a FIA tenha sido conivente em não barrar pilotos da Rússia e da Belarus face o conflito com a Ucrânia, já há confederações nacionais, como a britânica, que resolveram banir a presença deles nas corridas de seus territórios. Assim, Mazepin não poderia correr o GP da Inglaterra, por exemplo.

Só que a F1, por exemplo, enfim rompeu com o promotor e não vai realizar mais o GP da Rússia – no comunicado da semana passada, apenas dizia que “nas circunstâncias atuais” era impossível correr (puxa vida!…).

O ponto é que chegou em uma situação global em que o que vem destes dois países não é aceito. Pegaria mal à Haas (puxa vida!…) ter qualquer vínculo com a Rússia.

Primeiro, a Sky Sport cravou que Mazepin não é mais piloto da equipe, mas que Pietro Fittipaldi será seu substituto já a partir dos testes da semana que vem. Isso vai na linha do que Guenther Steiner falou na semana passada, de que o brasileiro receberia “a primeira ligação” caso tal cenário fosse real.

Horas depois, o Bild confirmou a informação da emissora germânica, mas apontou que quem entra no lugar de Mazepin não será Fittipaldi. A suspeita é que seria Antonio Giovinazzi, um dos nomes que também foi apontado durante os testes da pré-temporada da F1. O italiano estava no Circuito de Barcelona-Catalunha.

Após ser dispensado da Alfa Romeo, Giovinazzi pulou para a Fórmula E e pegou uma das vagas da Dragon Penske ao lado do brasileiro Sérgio Sette Câmara. O desempenho nas primeiras etapas permite dizer que Antonio vai sofrer muito: o equipamento é muito abaixo do esperado.

Sabe-se que o Banco do Brasil vai apoiar Enzo Fittipaldi em sua temporada na F2. É válido fazer a ilação de que o apoio poderia se estender a Pietro em uma empreitada na F1. Foi assim anos atrás com Felipe Nasr na Sauber.

Duas fontes ligadas a Fittipaldi trataram como “rumores” e “boatos” a informação de que Pietro seria a opção da Haas.

Um dos patrocinadores da Haas, Alexander Thoss celebrou em seu Instagram a nova dupla de pilotos da equipe. O CEO da Home Deluxe parabenizou Mick Schumacher e… Fittipaldi. Nas redes sociais, a Haas salientou que falta uma semana para a pré-temporada no Bahrein. A foto escolhida foi a de Fittipaldi ao volante.

Procurada, a Haas ainda não se manifestou.