Vettel no lugar de Hamilton?

Grande parte da dúvida vem das entrevistas que o ainda inconformado Toto Wolff tem dado à imprensa europeia.

O assunto segue em evidência neste período de férias da F1: Lewis Hamilton segue sem comunicação ou apto a garantir sua participação na temporada 2022. Grande parte da dúvida vem das entrevistas que o ainda inconformado Toto Wolff tem dado à imprensa europeia.

O chefe da Mercedes segue reclamando do que aconteceu no GP de Abu Dhabi, que “nunca será esquecido”. Sobre Hamilton em si, Wolff apenas disse, ao jornal Kroner, que “espero muito que o vejamos novamente” porque “ele é a parte mais importante do nosso esporte e que “seria um golpe para toda a Fórmula 1 se o melhor piloto decidir se aposentar por conta de decisões ultrajantes”.

Wolff reuniu-se na última sexta-feira com Mohammed ben Sulayen, o recém-eleito presidente da FIA, para tratar do que aconteceu na decisão da F1. No site da entidade, já não há mais os nomes de Michael Masi e Nicholas Tombazis como representantes máximos da área de monopostos. É neste cenário que se encontra o fico ou o saio de Hamilton.

Pensando friamente, não haveria motivo algum para criar um suspense desnecessário. Como consequência da derrota, e da forma que foi, Hamilton largou as redes sociais e passa por um processo que tem sido cada vez mais necessário: a limpeza da mente para uma avaliação completa do todo. 2021 foi intenso demais, talvez a mais acirrada de todas as suas disputas na F1, e o que deve ter recebido de mensagens ameaçadoras de um populacho desgraçado só contribuiriam ainda mais para um isolamento, um sumiço maior e uma decisão precipitada.

Wolff também deve estar ansioso para saber se o heptacampeão volta, mas o alemão Bild já especula que uma eventual saída de Hamilton aponta as luzes para Sebastian Vettel.

Seria a escolha mais óbvia e natural: Wolff tem lá suas ações na Aston Martin, que é, debaixo das cortinas, uma parceira da Mercedes. Que precisaria de um piloto experiente e em uma situação cujo contrato não fosse uma grande objeção. E que voltaria a estar em uma equipe de ponta para duelar contra um Max Verstappen que é visto por parte da Red Bull — leia-se Helmut Marko — como mais talentoso que o próprio Vettel.

Perder Hamilton assim seria um golpe terrível para a Fórmula 1 e para a história. Mas se a Mercedes tiver Vettel, o campeonato tem uma deliciosa disputa a se acompanhar.

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