Mais do mesmo

SÃO PAULO | Saiu na manhã de hoje a punição, preventiva, a Marcos Gomes, pego com alguma coisa no exame antidoping feito em 6 de maio na etapa do Velopark. Marcos e outros quatro pilotos — Ricardo Maurício, Galid Osman, Valdeno Brito e Cacá Bueno — foram sorteados para a sala da urina, recusada por Alceu Feldmann.

E foi pego com alguma coisa, assim, meio chulo, porque o STJD e a CBA, novamente, negam-se a dizer a substância, contrariando mais uma vez as determinações da Agência Mundial Antidoping. Assim que a entidade comunicou em seu site o resultado positivo do teste de Marcos, a ela foi encaminhado um e-mail simples perguntando o que acusou e afastou o piloto por 30 dias das competições. Segue a resposta, vinda da assessoria:

Apenas o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento, poderá decidir se houve consumo indevido de substâncias ilícitas e quais. E, se tal acontecer, será divulgado pela CBA, na forma da lei. A contra-prova, se de interesse do piloto, deve ser solicitada imediatamente. A decisão de afastamento preventivo, em princípio, não comporta recurso

Como assim, cara pálida? O STJD vai analisar se Marcos consumiu ou não uma substância que é considerada dopante, é isso? Quer dizer, se julgar que não é dopante, ainda pode absolver Marcos e negar ou desdizer o laudo do Institute Armand Frappier, Montreal, Quebec, Canadá, América do Norte,  Planeta Terra? Se julgar que foi sem querer, sei lá, foi só brincadeira, descuido, vai de fato manter no armário, como fez há quatro anos com Paulo Salustiano e há dois com Tarso Marques?

É estranho como o antidoping é tratado no automobilismo, para usar de um eufemismo. Até com Cesar Cielo aconteceu, e todo mundo soube bem o que houve. Mas o guarda-chuva da CBA e seus laços sempre segue fechado. Com base de quem acompanhou os casos acima, digo: aí tem. Ou seja, mais do mesmo — sempre de se desconfiar.

Comentários

  • Sem pretender bancar advogado de piloto, e sabendo que são esportes diferentes, mas sua opinião sobre o dopping do Zetti nas Eliminatórias da Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1993, num jogo contra a Bolívia, por conta de um chá de coca servido no avião, também deveria ter redundado em suspensão do goleiro?

  • A Stock Car poderia convidar alguns pilotos internacionais para participar regularmente da categoria. Se ficar sabendo desses casos, Tomas Enge será um dos primeiros a topar!!! E dá-lhe marijuana!!!

  • Ôooopa ! Será que não foi a Globo ??? Isso pode , aquilo não pode !

    Pode haver uma eminência parda por trás deste fato. Para não “manchar” a “maior categoria do automobilismo nacional”. Tá bom, sei……

    Todos, abraçados, ladeira abaixo com o automobilismo brasileiro.

  • Então toma esse tapa na cara com luva de pelica do Vitor… Pra galera que ficou pilhando pra ele falar os nomes antes da hora, as coisas foram anunciadas como devem ser, no portal Grande Prêmio, onde as notícias devem sair… Aqui no blog, comenta-se os anexos…

    Mas que tá um cheiro de clorofila no ar… Ah tá rsrsrs…

    Parabéns VM, e como já disse, que tempos novos para o automobilismo apareçam, com notícias e fatos positivos a serem comentados!

  • O automobilismo brasileiro não está só f*dido a nível de dirigentes, está também a nível de pilotos. Um dos motivos que impedem o avanço e a seriedade da categoria são esses pilotos categoria B que cheiram cocaína até não querer mais e que ocupam seus cargos de piloto apenas por serem provenientes de famílias de latifundiários com o c* cheio de dinheiro. Essa é a verdade, fazer o que! Tem que moralizar mais. O problema é querer que a CBA, que na minha opinião não presta também, moralize o automobilismo brasileiro….porque é o sujo falando do mal lavado. Complicado esse automobilismo tupiniquim. Quem sabe só se salva a Fórmula Truck, ou não?