A inspiração dos ativistas
SÃO PAULO | Falei há pouco com Carlos Latuff, 43, carioca, desenhista e esquerdista, uma das fontes de inspiração dos manifestas barenitas e das demais nações árabes que se debruçam contra os regimes monárquicos e ditatoriais naquela parte do mundo. Seus desenhos viraram grafite em Manama e adjacências e sua obra chamou a atenção do governo local, que o criticou, via Twitter.
Como disse no post anterior, Latuff tem um blog que, à distância, serve como apoio aos rebeldes sunitas do Bahrein. Em linhas gerais, Carlos pede que a F1 respeite e tenha sensibilidade com o povo, já que está sendo usada como viés político do rei Hamad para mostrar ao mundo uma tranquilidade que o país não tem. O resultado da conversa está no Grande Prêmio e pode ser acessada aqui.
Bah, discordo, simplesmente inverto a lógica:
Após um ano com o foco dos noticiários em guerras civis em outros países, o assunto entra na pauta novamente e o rei Hamad e a F1 voltam a ser questionados, enquanto que essa visibilidade só fortaleceu os rebeldes.
rebeldes sunitas???os sunitas já patrocinaram massacres em todo o oriente islamita. que destino…
Depois dessa, só resta crer que é mesmo uma minoria em desespero se manifestando rebeldemente contra o governo barenita. Pra se inspirarem num cara que não tem nada a ver com isso do outro lado do mundo, só pode. Que sejam cidadãos decentes e façam protestos pacíficos, caso contrário só passarão a imagem de rebeldes e nada mais.
a arte é livre e pode se manifestar em qualquer parte do mundo sobre qualquer acontecimento.
Ninguém falou que não pode. Mas um cara querer tomar partido de uma situação sem conhecer direito e de perto, é coisa de revoltado sem causa.
Só uma pequena correção, as manifestações são levadas a cabo por rebeldes xiitas, em face da monarquia sunita local.