Team GB, 2

SÃO PAULO | Se não é Vettel, só pode ser Webber. É o que a F1 2011 aponta neste ano. Mesmo essa F1 aí que muda regras do dia para a noite, literalmente — e ainda assim a FIA não consegue demover a Red Bull da primeira posição do grid. O australiano, que sempre anda bem em Silverstone e vem em ótimo desempenho ao longo do fim de semana, valeu-se da costumeira alternância climática da Inglaterra para conseguir hoje sua segunda pole no ano. Seu companheiro alemão larga a seu lado na nona prova da temporada.

As Ferrari saem na segunda fila, com Alonso novamente melhor que Massa — em resultado que se mostrou inverso ao que foi apresentado durante a própria classificação, em que o brasileiro sempre esteve à frente.

A terceira fila é caseira. Button, inglês, e Di Resta, escocês que levou a Force India ao melhor resultado em grid no ano. A sequência tem Maldonado e Kobayashi, dois pilotos que tem mostrado suas amplas qualidades. Depois, Rosberg e Hamilton — em um mau décimo posto.

Olho no radar do tempo, e os blocos azuis que passavam perto da pista indicavam que todo mundo sairia rapidamente para garantir ao menos uma volta em pista seca. Foi o que aconteceu, e os 24 pilotos se lançaram de vez sob as nuvens pesadas e densas. De início, chamou atenção Heikki Kovalainen, andando no ritmo dos grandes. Mas é que os grandes é que estavam meio que andando num ritmo menor. Alonso foi o primeiro dos grandes a aparecer na frente — em seguida, deu uma escapada e fez um rali na brita — e depois foi a vez de Vettel. Então apareceram as Williams, primeiro com Barrichello e depois com Maldonado. Incrível desempenho? Nem tanto. É que os dois andaram com os pneus macios logo de cara, enquanto os demais optaram pelos duros. No vaivém dos tempos e voltas, Webber surgiu com 1min32s670 para tirar a graça do venezuelano.

Faltando 6 minutos para o fim do Q1, eis que a chuva se intensificou. E quem se beneficiou, daquela turma de sempre do fundão, foi justamente Kovalainen, 16º na sessão e agraciado pela terceira vez no ano com a dádiva de continuar na classificação. Como sempre acontece, sobrou para a Toro Rosso, desta vez para os dois carros. Alguersuari e Buemi vão largar em 18º e 19º. O resto é a porca miséria de sempre, na ordem: Glock, Trulli, D’Ambrosio, Liuzzi e o estreante Ricciardo. Como complemento, Massa acabou logo atrás de Maldonado — em terceiro, pois — e Barrichello foi sexto.

Quando a segunda parte teve início, a Mercedes imaginou que o asfalto estava para pneus intermediários, e com eles Rosberg e Schumacher saíram dos pits. Duas voltas bastaram para se notar que era exagero: eram só algumas curvas que estavam úmidas. As outras equipes partiram com os slicks de cara. Era uma questão de cautela. Os primeiros tempos vieram na casa de 1min37s — com Maldonado —, depois baixaram para 1min36s — com Pérez —, aí para 1min35s — Webber e Kobayashi — e chegaram a 1min34s com Adrian Sutil, que se empolgou e foi o primeiro a ir para 1min33s. Restando 3 minutos para o fim, Alonso fez 1min31s727, ou seja, bem melhor do que Webber havia virado no Q1. A pista já estava totalmente apta àquelas condições. O espanhol ainda foi superado pelo próprio australiano e, de novo, pelo companheiro Massa, que liderou com 1min31s640.

Carros acostumados ao Q3 ficaram de fora, tipo as Renault — afetadas, decerto, com a decisão da FIA em reduzir o uso dos gases aquecidos que passam pelo difusor quando não há aceleração — e Schumacher. Ao grupo dos eliminados juntou-se Barrichello, que ainda persegue o objetivo de passar à superfinal em 2011. Enquanto isso, o brasileiro teve de engolir Maldonado terminando em décimo e se incluindo pela terceira vez no ano no grupo dos top-10. Rubens sai em 14º na corrida deste domingo. Di Resta e Kobayashi passaram.

A fase derradeira veio com Vettel já indicando o de sempre: de que estava ali para brigar pela pole: 1min30s431. Só que Webber, endiabrado, bateu o tempo do parceiro de Red Bull em 0s032. As Ferrari colocaram-se em terceiro e quarto, com Alonso bem à frente de Massa. Nos minutos finais, uma garoa deu as caras. E aí já era. E aí, com tudo que a FIA fez para acabar com o domínio dos rubrotaurinos, o máximo que conseguiram por ora foi inverter a posição dos pilotos. O australiano, na nona prova do ano, conseguiu sua segunda pole e manteve a invencibilidade do time. E de Di Resta a Kobayashi, sexto a oitavo no grid. Entre eles, Maldonado.

Há, como de praxe, chance de chuva. Mas se a Red Bull, e principalmente Vettel, sair de Silverstone com uma nova vitória, a FIA vai ter de inventar uma nova patifaria para se apegar e tentar aplicar um desvio a um caminho mais do que óbvio. Tipo, sei lá, andar com 3,5 rodas.

Comentários

  • A FIA vai obrigar os carros rubrotaurinos a colocar um lastro de 10 kg.
    Se isso falhar, a Red Bull vai largar com uma volta a menos que os demais e com meio tanque de gasolina!

  • As mudancas no regulamento surtram efeito a Ferrari diminui a diferenca em relacao a Redbull. A Fia pelo ” espetaculo” mudou as regras no meio do campeonato, prejudicou mais as outras equipes do que a Redbull.

  • Ouvi uma informação confidencial q a Red Bull será obrigada a usar um pneu duro o tempo todo. Mesmo quando colocar pneus macios, um deles tem q ser do composto duro.

  • ´PERCEBI NESTE TREINO QUE A FERRARI ESTA CHEGANDO….TARDE!…MAS ESTA CHEGANDO
    ESTÃO UTILIZANDO NOVOS INTENS AERODINÃMICOS NO CARRO

  • Só pq é brasileiro tem que defender o cara a qualquer custo? o cara é fraco e a se vc acredita em tudo que o Galvão e não na verdade, realmente, meu caro pacehcão, aqui não é seu lugar

  • Vou deixar de ler os comentários Desse Victor Martins, parece até que não brasileiro cara!!!!, nunca dar uma força para o Felipe Massa, só ataca….

    • Realmente, que audácia dele de tentar escrever de maneira isenta. Afinal, todo jornalista brasileiro tem que ser ufanista e cego.

    • Caro Fernando Brandão,

      Como jornalista especializado em automobilismo contratado pelo iG para cobrir o esporte, nosso ilustre Victor Martins tem por obrigação reportar fatos e emitir opiniões racionais sobre o assunto embasadas na realidade (ou na maneira como ele percebe ela). Em outras palavras, o que quero dizer é que em nada interfere o fato dele ser brasileiro ou não. Caso ele gastasse o espaço aqui unicamente com devaneios ufanísticos a respeito dos pilotos brasileiros, não somente ele estaria em falta com o seu empregador, que certamente não o contratou para isso, mas também deixaria de estar cumprindo com seu dever de jornalista, que é, em última instância, informar o grande público da melhor e mais precisa maneira possível.

      Caso você ache que o fato de ser brasileiro seja mais importante do que ser jornalista, creio que você irá se dar por satisfeitíssimo com a cobertura da Rede Globo, que coloca jornalistas na posição de chefes de torcida, liderados pelo “queridíssimo” Galvão Bueno.

      Ressalto, novamente, que a obrigação do jornalista não é, nunca foi e nem nunca será torcer pelos pilotos brasileiros.

      Forte abraço.

      Guilherme Pinheiro

    • Ô Fernando, não sei o que você viu de errado e relação ao Massa… O comentário do Victor foi absolutamente normal, informando o que realmente aconteceu no treino.
      Aliás não percebi nenhum tipo de “ataque”.
      Só se “ataque” for não puxar o saco do Massa.

    • Assistiu à corrida Fernando Brandão? Viu a diferença que o Massa tomou do Alonso?
      E então? Ele tá pilotando pior mesmo! Tá dirigindo uma merda. Você não ta vendo?