Mais briga
SÃO PAULO | A sanha da F1 (Bernie Ecclestone) em lucrar é tamanha que a FIA confirmou o retorno do Bahrein ao calendário de 2011, encaixado em 30 de outubro. A Índia vai para dezembro, depois do Brasil, que novamente perde o direito de ser o encerramento da temporada.
Andei meio alienado de alguns fatos nesta minha ida a Indianápolis, mas me lembro bem de ter visto aqui e ali notícias efervescentes sobre os conflitos que continuam acontecendo em Manama e regiões. Já são mais de três meses de conflitos, meio abafados do mesmo modo que a Líbia de Gaddafi — virou corriqueiro; não rende mais manchete até que haja um extermínio ou algo novo.
Não há a menor razão a não ser político-econômica para levar um evento automobilístico para um país cuja maioria do povo tem a única preocupação de mudar o sistema governamental dos Al-Khalifa e, se a rebelião se arrastar até outubro, provavelmente usaria Sakhir como palco para seus protestos. Além disso, o circuito de Greater Noida, da Índia, não está pronto — e não querem passar pelo mesmo perrengue que o da Coreia do Sul no ano passado. Para a F1/FIA, a situação, portanto, convém.
Mas para quem é parte do negócio, não. A Red Bull já se manifestou dizendo que vai debater o assunto com as demais equipes. As outras devem se pronunciar na mesma linha ou até criticando a decisão. E a situação é curiosa: se antes a Fota queria mais dinheiro e ameaçou romper com a F1, agora o grupo dos times quer simplesmente que a F1 deixe de pensar na grana e pense meramente numa questão de segurança e prudência.
Agora é hora de ver o quanto a Fota apita. A briga, mais pacífica que o que vem acontecendo no Bahrein, deve ser boa nos próximos dias.
É, a Red Bull não gostou muito desta notícia, assim como todos os que terão que trabalhar duro numa época de descanso, só para poder dar mais lucros ao “Titio Bernie”.
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Provavelmente a Red Bull já chegará lá campeã e como ela se apresenta sendo a equipe mais “descontraída” do grid, seria interessante na corrida de dezembro vê-la pintando nos seus carros o trenó do Papai Noel, só que com os seus touros vermelhos ao invés das renas.
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Deveriam protestar sim… de preferência com o bom humor que sempre têm…
“30 de novembro”
Não seria outubro?
Em relação ao GP do Brasil ser o último ou o penúltimo acho que é mais vaidade, pelo ritmo do Vettel não vai ter diferença alguma para o campeonato.
Agora sobre Bahrein, a FIA precisa definir o que quer para a categoria, quais são suas prioridades, pois não duvido nem que se as equipes forem obrigadas a correr, quem não estiver competindo para o título, vai mandar só um carro com o piloto de testes (para cumprir a obrigatoriedade de estar em todas as provas), em repúdio a decisão, além de poucos mecânicos.
É verdade, besteira manter essa corrida em um pais com uma guerra civil. Mas infelizmente, aonde tem dinheiro tem interesse. O Brasil não perde muito esse ano, visto que salvo um milagre mclariano, até o gp da Itália a parada deve estar decidida para Vettel.
Não vejo só a questão da segurança aí Victor, as equipes também vão perder algumas semanas para desenvolver o carro para 2012. Este adiantamento não estava planejado, o que piora a situação. Soma-se ao fato de ninguem saber ao certo o que se esperar de um circuito como o da India ( que ainda nem esta pronto). Melhor para elas é decidir as disputas no bom, velho e conhecido traçado brasileiro sem muita surpresa.
Agora o circo pega fogo. Pelo que andei lendo, apenas a McLaren apoia a dia da F1 lá, porque tem investidores barenitas, de resto, ninguém que nem saber de pisar lá, desde jornalistas até pilotos. Acredito também que a maioria dos espectadores da F1, a nível mundial também reprovem a corrida lá. Pra mim, é outro tiro no pé que Bernie tá dando para com a audiência.