Blog do Victor Martins
F1

Vida dura

SÃO PAULO | Ontem à noite, Américo Teixeira Jr. me mandou uma DM no Twitter com o furo. Que ganhou as linhas de seu Diário Motorsport, do Grande Prêmio, de grande parte da imprensa nacional e, hoje, lá fora. Entre o desdém de quem sempre perde e/ou planta e a tentativa de quem de direito […]

SÃO PAULO | Ontem à noite, Américo Teixeira Jr. me mandou uma DM no Twitter com o furo. Que ganhou as linhas de seu Diário Motorsport, do Grande Prêmio, de grande parte da imprensa nacional e, hoje, lá fora. Entre o desdém de quem sempre perde e/ou planta e a tentativa de quem de direito negar, há as palavras de Massa, que confirma as negociações com a Williams, mas que não vai além.

Três pontos na história: qualquer coisa que Nicolas Todt vier a dizer sobre a substituição na equipe de Grove, desconfie. O empresário atende tanto a Massa quanto a Maldonado, uma dessas incongruências da profissão e da vida. Rob Smedley, engenheiro do brasileiro na Ferrari, há tempos tem seu nome especulado na Williams. E Felipe começou a seguir o Twitter da Williams dias atrás — quando o fato foi descoberto, disfarçou e deu ‘follow’ em outras equipes.

As consequências do acordo: primeiro, se Massa bradou aos cantos que estaria numa equipe de ponta, trata-se da pior escolha. Não dá para tratar a Williams, miserável um ponto no campeonato, como grande. “Mas no ano que vem tudo muda, vira uma incógnita, e tem de respeitar”. Balela. Resgate-se um passado de 15 anos.

1998, mudança de regulamento após o domínio do time de Frank naquela década e o título de Villeneuve: o calabouço. Sem a grana da Rothmans e com um carro ruim, dois pódios foi o que o canadense viu de melhor. A escuderia evoluiu com a parceria da BMW e tal, chegou a andar na frente a partir de 2001 com Montoya e R Schumacher, venceu provas, esboçou incomodar a Ferrari, mas em 2005 calhou de vir outra mudança para conter M Schumacher.

O que se viu foi uma nova queda na Williams: os novos pilotos Webber e Heidfeld terminaram em 10º e 11º no campeonato, somando juntos quatro pódios. 2006 não foi diferente e nos anos seguintes, com Rosberg, seguiu no limbo. Houve outra alteração no pacote técnico a partir de 2009 que alterou consideravelmente a aerodinâmica dos carros. Nico deu uma bela evoluída com um modelo decente. Só que em 2010, com Barrichello, voltaram a visitar a zona intermediária. O negócio só degringolou desde então.

O histórico de câmbios no regulamento, pois, não aponta nenhum cenário promissor para um Massa que vai ter de trabalhar para reconstruir um grupo. Tarefa das mais árduas e ardilosas para um piloto que tem se destacado por uma inconstância saliente desde que se salvou do acidente na Hungria.