Blog do Victor Martins
Automobilismo brasileiro

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SÃO PAULO | Saiu na manhã de hoje a punição, preventiva, a Marcos Gomes, pego com alguma coisa no exame antidoping feito em 6 de maio na etapa do Velopark. Marcos e outros quatro pilotos — Ricardo Maurício, Galid Osman, Valdeno Brito e Cacá Bueno — foram sorteados para a sala da urina, recusada por […]

SÃO PAULO | Saiu na manhã de hoje a punição, preventiva, a Marcos Gomes, pego com alguma coisa no exame antidoping feito em 6 de maio na etapa do Velopark. Marcos e outros quatro pilotos — Ricardo Maurício, Galid Osman, Valdeno Brito e Cacá Bueno — foram sorteados para a sala da urina, recusada por Alceu Feldmann.

E foi pego com alguma coisa, assim, meio chulo, porque o STJD e a CBA, novamente, negam-se a dizer a substância, contrariando mais uma vez as determinações da Agência Mundial Antidoping. Assim que a entidade comunicou em seu site o resultado positivo do teste de Marcos, a ela foi encaminhado um e-mail simples perguntando o que acusou e afastou o piloto por 30 dias das competições. Segue a resposta, vinda da assessoria:

Apenas o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento, poderá decidir se houve consumo indevido de substâncias ilícitas e quais. E, se tal acontecer, será divulgado pela CBA, na forma da lei. A contra-prova, se de interesse do piloto, deve ser solicitada imediatamente. A decisão de afastamento preventivo, em princípio, não comporta recurso

Como assim, cara pálida? O STJD vai analisar se Marcos consumiu ou não uma substância que é considerada dopante, é isso? Quer dizer, se julgar que não é dopante, ainda pode absolver Marcos e negar ou desdizer o laudo do Institute Armand Frappier, Montreal, Quebec, Canadá, América do Norte,  Planeta Terra? Se julgar que foi sem querer, sei lá, foi só brincadeira, descuido, vai de fato manter no armário, como fez há quatro anos com Paulo Salustiano e há dois com Tarso Marques?

É estranho como o antidoping é tratado no automobilismo, para usar de um eufemismo. Até com Cesar Cielo aconteceu, e todo mundo soube bem o que houve. Mas o guarda-chuva da CBA e seus laços sempre segue fechado. Com base de quem acompanhou os casos acima, digo: aí tem. Ou seja, mais do mesmo — sempre de se desconfiar.