Blog do Victor Martins
F1

S18E13 BEL1

SÃO PAULO | Não tivesse um Hülkenberg à Grosjean, o GP da Bélgica passaria incólume por nossas vidas. Ruim, ruim demais, e novamente se denota como nem num pistão como o de Spa-Francorchamps a F1 se salva. De novo: houve muitas corridas interessantes em 2018, mas à exceção do Azerbaijão, todas estas precisaram de algum […]

Vettel1

SÃO PAULO | Não tivesse um Hülkenberg à Grosjean, o GP da Bélgica passaria incólume por nossas vidas. Ruim, ruim demais, e novamente se denota como nem num pistão como o de Spa-Francorchamps a F1 se salva. De novo: houve muitas corridas interessantes em 2018, mas à exceção do Azerbaijão, todas estas precisaram de algum fator para ter um final feliz.

O roteiro se deu exatamente como esperado durante todo o fim de semana: a presença da chuva na classificação colocou Hamilton na pole e Vettel a seu lado. Só os dois fariam algo útil: os finlandeses-marionetes largavam muito atrás para tentar algo. Depois da largada, o alemão pegou o vácuo na Eau Rouge e passou o inglês no fim da reta. Fim. 25 pontos para um, 18 para outro, diferença cai para 17 pontos. A Ferrari tem um carro ligeiramente melhor que o da Mercedes.

Räikkönen caiu fora em consequência do ato de Hülkenberg, que simplesmente não freou para contornar a curva, acertou Alonso, que acertou Leclerc e Ricciardo, este acertando Kimi. Assim, o terceiro lugar do pódio ficaria naturalmente com Verstappen. Foi o que aconteceu depois de ele ter passado as Racing Force Point India Midland Spyker MF1 Jordan.

Bottas, que chegou a acertar uma Williams, teve um caminho ligeiramente aberto, mas levou a corrida praticamente toda para chegar ao quarto lugar. Dizer, como vi muita gente, que foi o nome da corrida é um absurdo ou acinte: não fez mais que a obrigação, e ainda demorou muito.

Os carros rosas terminaram em quinto e sexto, como esperado também. Pérez andou bem melhor que Ocon – aliás, este foi muito hesitante: chegou até ter chance de tomar a ponta porque vinha com mais velocidade que Hamilton e Vettel na largada, retardou a freada no retão e acabou perdendo posição até para o companheiro; na ultrapassagem que tomou de Verstappen, tentou se defender e acabou não se defendendo. A RP Force India agora tem 18 pontos no campeonato. Já está colada 1 atrás da Sauber.

Também normais e previsíveis foram o sétimo e oitavo postos de Grosjean e Magnussen. Gasly e Ericsson completaram a zona de pontos.

Ou seja: quando você consegue praticamente saber o resultado dos OITO primeiros colocados diante das circunstâncias, todo o discurso de Alonso de que a F1 está chata e modorrenta vira um mantra ou um dogma. E faz todo o sentido que procure outra coisa para fazer na vida porque, com 37 anos, maturidade e impaciência se mesclam, e as decisões acabam sendo mais conscientes quando o saco enche por não se ter muito tempo a perder. Sei o que é isso, Nando.

Vandoorne? Último. De novo. Ele se vai da McLaren sem deixar boa impressão e tende a ir para a Sauber no lugar de Ericsson pelas ligações que tem com Frédéric Vasseur, seu chefe na ART quando foi campeão na GP2. Hartley? Penúltimo: despencou até não querer mais. A Toro Rosso tem um problemão para montar sua dupla para 2019.

E para completar, depois de 5 horas de espera, a MotoGP tem suas atividades canceladas em Silverstone. Um domingo ruim para o esporte a motor.