Blog do Victor Martins
F1

Boom!

SÃO PAULO | Duas informações vindas da imprensa alemã se complementam e dão conta de uma importantíssima mudança no grid da F1 B. A Auto Motor und Sport diz que a Force India pode entrar em administração, uma situação legal em que os donos não têm mais condições financeiras de tocar o negócio e é gerido […]

Motor Racing - Formula One World Championship - Italian Grand Prix - Race Day - Monza, Italy

SÃO PAULO | Duas informações vindas da imprensa alemã se complementam e dão conta de uma importantíssima mudança no grid da F1 B. A Auto Motor und Sport diz que a Force India pode entrar em administração, uma situação legal em que os donos não têm mais condições financeiras de tocar o negócio e é gerido por um administrador provisoriamente até que se encontre um novo comprador — aconteceu com Marussia e Caterham. Já o Auto Bild garante que o negócio entre a equipe e Lawrence Stroll está feito dentro desta situação e que a saída de Lance da Williams pode acontecer já depois das férias da F1.

Isso traz uma série de novidades, se confirmada a info.

Primeiro, claro, a Williams. Não vai ter Martini e nem o dinheiro de Stroll. É uma situação catastrófica que se desenha a ponto de se vislumbrar apenas e tão-somente dois cenários: 1) a venda de parte das ações da equipe para um interessado X ou 2) a transformação da escuderia de Grove em uma Mercedes B, até observando os resultados que a Ferrari tem conseguido, de formas diferentes, com Haas e Sauber.

Se tiver o envolvimento novamente de Toto Wolff no comando, a Williams tende a ficar com Sirotkin e receberia o provável campeão da F2, Russell, apoiado pela marca alemã.

E se Stroll for para a Force India já depois das férias de agosto, Kubica enfim ganha o duvidoso presente de ser titular.

Quanto aos pilotos, o movimento é quase sensual. A ida de Stroll para a Force India tira, primeiro, o nome ‘India’ e, depois, Ocon da jogada. Seja como for, o francês não tem com que se preocupar: a tendência é que, se já não estiver assinado, vai fazê-lo para voltar à Renault, de quem era piloto de testes até ser efetivado como titular na Manor. Neste caso, Sainz é quem sobra e passa a ser o favorito a formar uma McLaren-ES com Alonso. Vandoorne, pois, espirra. E Norris, como fica nisso tudo? Sem Hartley na Toro Rosso, quem sabe esteja disposto a aceitar o convite que foi feito meses atrás.

Com Stroll na Force India e sem provável apoio da Mercedes, Pérez também não tem muitas garantias de ser agraciado com o fico. Pode ser que cisque na Haas, onde Grosjean e Magnussen ainda estão longe de serem confirmados. Vandoorne pode ir bater na porta de Gene também. A briga também ganharia o nome de Leclerc se este não for promovido à Ferrari — já que há certas dúvidas depois que Sergio Marchionne teve de deixar o comando da Scuderia. Räikkönen, assim, pode ganhar mais um ano ao lado de Vettel, ir parar na Sauber ou vazar da F1.

E na Sauber, por fim, a briga vai ser grande. Leclerc fica ou vai? Ericsson ainda tem voz lá? Se tiver maior envolvimento da Alfa Romeo, é Giovinazzi o escolhido? Kimi tá no balaio?

As férias da F1 estão longe de dar um descanso.