Blog do Victor Martins
F1

S18E05 Espanha 2

SÃO PAULO | Olha… Bom, ninguém poderia esperar que todas as corridas da F1 fossem animadas. Nenhum esporte tem todos os seus jogos ou eventos agitados. Mas a Espanha geralmente é um ponto fora da curva. O circuito pode ser bom para teste, mas falha ao entregar um espetáculo. Neste domingo, só a catástrofe que […]

Hamilton

SÃO PAULO | Olha…

Bom, ninguém poderia esperar que todas as corridas da F1 fossem animadas. Nenhum esporte tem todos os seus jogos ou eventos agitados. Mas a Espanha geralmente é um ponto fora da curva. O circuito pode ser bom para teste, mas falha ao entregar um espetáculo. Neste domingo, só a catástrofe que Grosjean se mostra como piloto chamou a atenção. O que a Haas ainda quer com ele? O que a F1 ainda quer com ele? De novo: é um piloto inapto, psicológica e emocionalmente, à categoria. Acelerar o carro naquela condição, depois de rodar, afetando Hülkenberg e Gasly, é seu atestado de incapacidade.

O resto da prova em si viu uma Mercedes à antiga, realmente. Domínio o fim de semana inteiro com um Hamilton que se encontrou com o carro. Demorou cinco provas. E já tem 17 pontos de vantagem no Mundial.

Essa vantagem, no entanto, também se deve a uma Ferrari que começa a mostrar novamente suas fraquezas. Vettel disse que tinham de parar novamente no período do safety-car virtual — ocasionado pela parada de Ocon — porque os pneus traseiros tinham ido embora. Mas mesmo com pneus novos, jamais o alemão teve ação para buscar o pódio sobre Verstappen. Foram duas vitórias no início da temporada e três resultados horríveis para o tetracampeão, que se insinuava favorito ao penta e hoje já coça a cabeça.

Bottas ficou no quase outra vez em uma atuação mediana. Só foi ficando para trás e nunca teve chance qualquer de vitória. Aliás, foi uma constante entre as três equipes de ponta: Räikkönen também não acompanhava Vettel até abandonar e Ricciardo só foi rápido no fim da corrida para fazer voltas rápidas, bem atrás de Verstappen.

Estou buscando assuntos. Vamos ver.

Grosjean. Já falei que ele não pode estar na F1? Já.

Hartley. Esse vai cair fora loguinho. Não faz nada. Que mais?

Os espanhóis: OK, foram bem. Sainz terminou em sétimo, Alonso foi oitavo depois de bela ultrapassagem sobre um também bom Leclerc — que começa a esmagar Ericsson. Pérez foi nono. OK.

Magnussen foi sexto, leva a Haas nas costas, apesar de ser meio pancada.

É, parece que foi isso.

Se acredito que foi uma exceção? A temporada tem mostrado isso, sim. A Mercedes não parece ter o melhor carro como o desempenho de hoje sugeriu e a Ferrari se perdeu lindamente. Os pneus que não foram os mesmos dos testes da pré-temporada e que a Pirelli modificou para evitar bolhas e desgaste excessivo prejudicaram os italianos. Mônaco também é uma exceção em termos de pista, de modo que não será um parâmetro, mas a avaliação deste desempenho terá de ser visto e revisto em Maranello amanhã para que mais um campeonato não comece a ser perdido.

No momento em que estou escrevendo, acompanho o pós-corrida da F1 no Twitter com Will Buxton e Jolyon Palmer. Entrevistaram Sainz, Alonso, Toto Wolff, Kubica — que confirmou, é KuBITça, então passemos a dizer corretamente —, MAGnussen e até Tatiana Calderón. Está chovendo de leve. Tarde demais. Agora estão falando com Hamilton, que admitiu a surpresa e por a Ferrari ter ido tão aquém do esperado. O vencedor também já vê que a Red Bull será “ridiculamente rápida” nas ruas de Monte Carlo. Lewis recusou as balinhas que Buxton ofereceu porque não eram veganas. Está interessante. Mais do que a corrida.

O que explica bem o que foi esta corrida. Que é praticamente um padrão em Barcelona. Que já deveria, há algum tempo, estar fora do calendário. Falam que Madri quer fazer uma prova de rua. Apoio desde já.

Beijos a todos. Beijos a todas as mães. É isso.