Blog do Victor Martins
F1

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SÃO PAULO | Não se pode nem dizer que a má largada de Vettel definiu o rumo do GP da Inglaterra. O previsto ‘Sunday Drive’ de Hamilton se deu porque a Mercedes está muito, mas muito melhor, que a Ferrari também em ritmo de corrida. Não que se esperasse de Räikkönen um ataque feroz ou qualquer […]

Hamilton



SÃO PAULO | Não se pode nem dizer que a má largada de Vettel definiu o rumo do GP da Inglaterra. O previsto ‘Sunday Drive’ de Hamilton se deu porque a Mercedes está muito, mas muito melhor, que a Ferrari também em ritmo de corrida. Não que se esperasse de Räikkönen um ataque feroz ou qualquer ameaça, mas mesmo se ali em segundo estivesse o alemão, as coisas não mudariam. Tanto que Seb sequer encontrou desempenho para enchouriçar a vida de Kimi e não teve como segurar o ímpeto e as melhores condições de Bottas no fim da prova.

Aí este fim da prova deu um tempero especial ao campeonato: os pneus das duas Ferrari foram para o saco, bem como os de Verstappen. Valtteri completou o cenário ideal para a Mercedes e Vettel despencou na classificação ficando atrás do ótimo Hülkenberg. E como diria o outro, teeeeeemos um jogo na F1: 1 miserável ponto de frente para o alemão na tabela do Mundial de Pilotos — porque, no de Construtores, a Mercedes já livrou uma baita distância.

Desde o GP do Canadá que a Mercedes está melhor e vem abrindo frente. A Ferrari tentou reagir, mas o novo pacote aerodinâmico é claramente insuficiente. E ainda bem que só há mais uma corrida antes das férias, a da Hungria, para que os italianos revejam todo o carro e busquem aletas, divisórias. penduricalhos e mais potência no motor para achar décimos preciosos em prol de Tião.

A corrida em Silverstone teve lá seus pontos interessantes, mas não foi de todo empolgante. De marcante, mesmo, fica a disputa entre Verstappen e Vettel — que, em tempos de outrora, puniria o holandês por recuperar a posição usando a área externa da Stowe —, a recuperação brilhante de Ricciardo e os pneus dechapados em cascata nas voltas derradeiras — que poderiam ter acontecido também com a Mercedes, já que os pilotos também estavam reclamando de vibrações.

Sobre Kyvat × Sainz, capítulo X. Se houver o Y, é porque a Toro Rosso tem uma paciência que a Red Bull não teve, porque é caso para uma última passada no RH para devolução do crachá. Desde que foi rebaixado, o russo só teve uma atuação decente: aquela de Singapura em que lutou para não ser ultrapassado por Verstappen. Em pontos, toma uma sova de Sainz; em ritmo e atuação, só é melhor que Palmer. Infelizmente Daniil não é mais um piloto de F1. E se de fato se confirmarem os rumores de um acordo Toro Rosso-Honda em 2018, os japoneses vão tirá-lo de lá nem que tenham de incentivar o harakiri de Kvyat.

Palmer nem largou, coitado, já prevendo a corrida horrorosa que teria. Massa partiu bem, chegou à décima colocação e por ali rondou a prova inteira. Levou um pontinho para não ficar chateado. As Force India esboçararam uma briguinha interna, mas não rolou nem uma ameaça de Pérez sobre Ocon. Aliás, é bom que os rosáceos observem o crescimento da Renault. Andaram bem atrás de Hülk o fim de semana todo.

No fim das contas e num resumo rápido e rasteiro, parece claro, assim, que a balança do título está pesando agora muito mais para o tetra de Hamilton do que para o penta de Vettel. Justamente na metade do campeonato e para alguém que nem chegou a ser líder solitário em 2017.