Blog do Victor Martins
F-Indy

Pontos de menos

  SÃO PAULO | Os números que passo a seguir são de boa fonte. O GP de Mônaco de F1 deu 9.6 pontos de audiência de média; a Indy 500, 2.4. Ambos os números se referem à praça de São Paulo, a maior e mais importante do país, e são do Ibope. Os números diferem levemente do […]

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SÃO PAULO | Os números que passo a seguir são de boa fonte. O GP de Mônaco de F1 deu 9.6 pontos de audiência de média; a Indy 500, 2.4. Ambos os números se referem à praça de São Paulo, a maior e mais importante do país, e são do Ibope.

Os números diferem levemente do que o publicado pelo ótimo ‘Teleguiado‘, do bem informado Leandro Sarubo: F1, 9.7 de média e 11.4 de pico; Indy: 1.9 de média e 2,8 de pico. No ano passado, as 500 Milhas deram 2.1 de média. “É o cálculo das 12h30, horário em que a Band anunciou o início da transmissão, às 17h09, quando saiu do ar. Deu 1,9 de média nessa faixa”, reforçou Sarubo a mim. No Rio de Janeiro, então, a média foi 1.1.

Confesso que duvido destes números, quaisquer sejam.

Duvido primeiramente porque, num esporte de nicho, grande parte do público que assiste à F1 pela TV — ainda que tenha este veículo de comunicação como o principal para se informar sobre corridas, também segundo pesquisa do Ibope — sabia que Alonso disputaria as 500 Milhas, mesmo a Globo fazendo um trabalho exemplar de esconder, nos GPs de Rússia, Espanha e Mônaco, o assunto.

Pegando pelos números que recebi, não creio que apenas e tão-somente 1/4 das pessoas que viram a mediana corrida em Monte-Carlo na Globo tenham depois mudado para a Band para acompanhar o desempenho do espanhol e a posterior vitória de Sato.

E pior ainda, pelos números do ‘Teleguiado’, de a audiência ter sido menor nas 500 Milhas deste domingo do as do ano passado.

Tem um outro ponto: neste ano, a Band teve uma vantagem valiosa. Record e SBT ainda estão fora das principais operadoras — a RedeTV!, neste horário, não faz diferença. 

Na Inglaterra, segundo o blog F1Broadcasting, o aumento dos espectadores da Indy 500 em relação a 2016 foi de 975%, considerando ainda que é exibido em TV fechada (BT Sport/ESPN). Ter um país ‘neutro’ ajuda a avaliar melhor o interesse que foi despertado. Na Espanha, então, deve ter sido muito mais que a F1.

Mas pelo que notei desde abril, atesto que é impossível estes números refletirem a realidade.

O que me ajuda nesta questão: no Grande Prêmio, por exemplo, a audiência da Indy 500 foi maior que a da F1 neste domingo.