Blog do Victor Martins
F1

A falta que Maldonado vai fazer

SÃO PAULO | Jamais seria o melhor piloto e, para muitos, era o pior que o grid da F1 vinha tendo em anos. Maldonado pagou o preço de seu exagero: para tentar ser bom e mostrar que ali havia algum talento, ia além do que podia. Era quase impossível vê-lo duas ou três provas sem […]

SÃO PAULO | Jamais seria o melhor piloto e, para muitos, era o pior que o grid da F1 vinha tendo em anos.

Maldonado pagou o preço de seu exagero: para tentar ser bom e mostrar que ali havia algum talento, ia além do que podia. Era quase impossível vê-lo duas ou três provas sem um incidente ou acidente de proporções ‘maldonadianas’.

Mesmo pior, o venezuelano ganhou uma corrida com maestria com uma Williams que estava longe de ser a melhor do grid, segurando um Alonso com uma Ferrari potente correndo diante de sua torcida. Mas diante de suas trapalhadas, quem é que vai se preocupar em lembrar deste triunfo?

Mas não se pode dizer que o coitado tivesse em fase de evolução, ainda que não fosse possível acompanhar tão de perto. Nas últimas sete provas do ano passado, terminou seis e fez pontos em três. Só na última em Abu Dhabi que abandonou, vítima de um Alonso já em ritmo de acaba-logo-essa-agrura.

Hoje, Maldonado confirmou que o dinheiro da PDVSA que o bancava na Lotus, agora Renault, não é o suficiente para mantê-lo. É Magnussen quem vai ocupar seu lugar.

Não era o pior, no fim das contas, mas ainda assim conseguiu deixar sua marca. Maldonado era o mais próximo de nós, humanos, suscetíveis a erros, e acabava sendo um showman sem o querer ser — ou não da forma que gostaria. Nesta F1 tão inacessível e pasteurizada, era um diferencial, um personagem das corridas de quem esperávamos um papel. E quantas não foram as vezes que Pastor deu uma animada ou mudou o rumo dos GPs.

A gente ainda vai acabar sentindo falta de Maldonado.