Blog do Victor Martins
F1

O sofá que o amante não usa

[bannergoogle]SÃO PAULO | Depois de uma lida rápida nas redes sociais para aprender que Messi vive de lampejos e é menos constante que Marcelinho Carioca, eis que surge a ideia de Christian Horner. Chefe da equipe que um dia foi tetracampeã e hoje se encontra no fundo do poço rezando para o vexame não ser […]

[bannergoogle]SÃO PAULO | Depois de uma lida rápida nas redes sociais para aprender que Messi vive de lampejos e é menos constante que Marcelinho Carioca, eis que surge a ideia de Christian Horner. Chefe da equipe que um dia foi tetracampeã e hoje se encontra no fundo do poço rezando para o vexame não ser grande no GP da Áustria, o dirigente lançou no ar uma proposta: diminuir a distância das corridas.

Horner um dia foi apontado como o sucessor natural de Bernie Ecclestone no comando da F1 porque era visto como um cara com um conhecimento amplo e comandante de uma equipe que superou as tradicionais e as montadoras com amplos recursos. Mas bastou a Red Bull se perder na F1, e em grandíssima parte por conta do péssimo trabalho feito pela Renault, que o outro lado do gestor aflorasse.

Ainda que não tão intensamente, Horner chegou a corroborar com os discursos de Dietrich Mateschitz e do consultor Helmut Marko que indicavam uma saída à austríaca da Red Bull da F1 pela falta de resultados, mesmo com a assinatura do Pacto da Concórdia que prende a equipe à categoria. Pouco se sabe das propostas eficazes dele como membro do Grupo de Estratégia, mas não é bem visto pelo grupo rebelde das medianas — Sauber, Force India e Lotus, sobretudo —, que estudam chacoalhar a F1 entregando-a à União Europeia pelo modo os negócios vêm sendo conduzidos. Agora, Horner propõe como solução encurtar os GPs.

A sugestão tem com base a falta de ação durante as corridas. Mas se não há ação, o que a traz é reduzir seu tempo? É isso realmente que vai fazer a F1 competitiva? Pelo jeito que Horner pensa, os pilotos esperam o tempo passar porque têm condições apenas de atacar em um determinado momento das provas. Eu não vejo a Red Bull fazendo Ricciardo e Kvyat serem competitivos, até pegando pelo Canadá, com o equipamento que tem seja em 15 minutos ou 2 horas. Também não creio que Rosberg fosse para cima de Hamilton só porque tem menos voltas para isso.

Horner talvez esteja envergonhado por seus carros aparecerem na TV tomando volta do líder. Com menos tempo, a chance de isso acontecer é menor. Só isso explica esta teoria da venda do sofá para que o amante não pegue a mulher do marido traído. Não adianta muito a F1 ter uma patota para estratégias ou até mesmo fazer pesquisas com o público quando quem pode mudar a categoria pensa coisas tão rasas.