Blog do Victor Martins
F-Indy

O flerte que pode ser fatal

[bannergoogle]SÃO PAULO | Se três é demais, imagine como não ficou o ambiente em Indianápolis após o quarto acidente de grandes proporções visto nos treinos livres para a Indy 500 — descontando o de Pippa Mann, que até visualmente teve um impacto forte, mas não provocou decolagens nem ida ao hospital. A batida de Hinchcliffe […]

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[bannergoogle]SÃO PAULO | Se três é demais, imagine como não ficou o ambiente em Indianápolis após o quarto acidente de grandes proporções visto nos treinos livres para a Indy 500 — descontando o de Pippa Mann, que até visualmente teve um impacto forte, mas não provocou decolagens nem ida ao hospital. A batida de Hinchcliffe foi diferente das demais, não só por ser de um carro parceiro da Honda, mas por ter levado o canadense à sala de cirurgia. E mesmo que o motivo tenha sido uma quebra de suspensão, coloca-se em xeque estes novos carros com uma configuração aerodinâmica que não havia sido testada.

Quando Kanaan vem a público dizer, em linhas gerais, que é da natureza do automobilismo o que está acontecendo, joga para baixo do tapete que há um erro e até um amadorismo por parte da direção da Indy. Não é porque os pilotos escolheram essa vida que beira os 400 km/h que eles têm de assentir que um carro se perde do nada a esta velocidade com possibilidade de dar piruetas. A corrida que se diz o “maior espetáculo da Terra” não tem de ser laboratório nem colocar ratos capazes de experimentar novas drogas que coloquem em risco suas vidas.

A Indy está flertando com o perigo e já deveria ter tomado medidas mais drásticas por não saber, ou mesmo ter alguma ideia, do que está causando as capotagens/decolagens nos carros da Chevrolet e se os da Honda têm essa mesma tendência. A corrida está logo aí, a seis dias, e enquanto nenhum engenheiro vier a público para indicar as causas, as consequências podem ser as piores quando os 33 carros estiverem todos reunidos gerando vácuo.

Em tempo: Hinchcliffe foi operado na noite de ontem de uma lesão na parte anterior da coxa esquerda, cuja extensão não foi devidamente esclarecida, e está “acordado e conversando”, segundo informou sua namorada, a ex-miss Kirsten Dee. O nome que pinta como substituto de Hinchcliffe na Schmidt Peterson na corrida é de Tristan Vautier, que classificou o carro #19 da Dale Coyne para James Davison, que não pôde participar das atividades do fim de semana porque estava correndo de turismo no Canadá. Vautier já foi piloto da SPM em 2013.