Blog do Victor Martins
F1

Ruhe, mann

SÃO PAULO | O Rodrigo Meira mandou a capa de hoje do ‘Blick’, que talvez não precise de muitas traduções e explicações. O jornal é suíço tal qual a Sauber e faz a alusão de Nasr a Senna em virtude do quinto lugar obtido no GP da Austrália. Alguns pontos: é inegável que Nasr tenha […]

Blick

SÃO PAULO | O Rodrigo Meira mandou a capa de hoje do ‘Blick’, que talvez não precise de muitas traduções e explicações. O jornal é suíço tal qual a Sauber e faz a alusão de Nasr a Senna em virtude do quinto lugar obtido no GP da Austrália.

Alguns pontos: é inegável que Nasr tenha ido muito bem. Nem nos melhores sonhos de qualquer torcedor, da família, dele mesmo e da Sauber, ele terminaria nesta posição, até porque a equipe vinha num estado emocional em frangalhos por conta do respeitoso e vendido Van der Garde, além de resquícios de uma temporada pífia. Nem precisou de tanto esforço para desgarrar da fraca Red Bull e manter Ricciardo atrás. Não tinha nem como conseguir posição melhor. Quinto foi justíssimo.

Só que não se pode negar que tenha sido uma prova muito da atípica. O normal seria Nasr terminar no fim da zona de pontos — as duas Lotus provavelmente viriam mais rápidas, Bottas e Räikkönen estaria à frente dele e a Red Bull deveria ter tido um desempenho apresentável.

É o ‘problema’ em si que traz a primeira impressão: grande parte do mundo vai ver em Nasr um superpiloto. Que ele, claro, pode vir a ser, mas que ainda não é. E isso acaba sendo alimentado por uma série de veículos, cá e lá, que formam o velho ciclo de ilusão de quem acompanha e posterior desilusão. Devagar com o andor, fio. Se tiver de ser, vai ser. Sem antecipar as coisas.

Negócio é curtir o momento e se aproveitar dele. Por enquanto, o negócio é ‘calma, cara’. Pro ‘Blick’ entender, ruhe, mann.