Blog do Victor Martins
F1

Cheiro de angu

SÃO PAULO | Parece que a Sauber se meteu numa enrascada e tanto no caso que foi parar nos tribunais da Corte de Victoria e que envolve Van der Garde e sua tentativa de pegar um dos C34 para si e correr o GP da Austrália do próximo domingo. Se a situação parecia confortável para […]

SÃO PAULO | Parece que a Sauber se meteu numa enrascada e tanto no caso que foi parar nos tribunais da Corte de Victoria e que envolve Van der Garde e sua tentativa de pegar um dos C34 para si e correr o GP da Austrália do próximo domingo. Se a situação parecia confortável para uma equipe que é chefiada por uma advogada, as alegações apresentadas pela escuderia indicam que um desastre está por acontecer.

Van der Garde e seus advogados afirmam que o contrato assinado no ano passado, que o colocava como reserva da equipe e titular para este ano, foi quebrado sem nenhuma razão. A Sauber baseou sua defesa não sobre o acordo em si, mas dizendo que seria um risco colocar o holandês para correr sem ter conhecimento do carro novo e um banco apropriado.

Meramente impressão de quem nada conhece o juridiquês: se o time suíço não está concentrando os esforços sobre o contrato que diz ser inválido e já está num estágio adiante, o da ‘preocupação com a integridade física de Van der Garde’, até falando em “risco de morte”, é porque tal acordo tem alguma validade e não há muito o que se debruçar na questão. E tem outra: alegar que VDG não andou o carro também não é um argumento muito sólido para quem já chamou às pressas um piloto de uma outra equipe 15 minutos antes de um treino livre começar — De la Rosa substituiu Pérez no GP do Canadá de 2011.

Van der Garde, se bem conhece o simulador e o carro do ano passado, tem condições de andar no deste ano.

O julgamento deve ter uma sentença na quarta-feira, mas é bom que os advogados de Nasr e de Ericsson estejam devidamente preparados para fortes emoções e com o terno em dia para algum resultado adverso. “Ah, mas quem é que tem prioridade neste caso?” Não tem, meu caro: os dois pagaram a mesma quantia para ficar com a vaga. E mesmo se não tivessem pagado, o contrato tá lá, firmão e belo, e eles não têm nada que ver se a Sauber resolve assim sua vida.