SÃO PAULO | Alexandre Barros vai ter de fazer exames no joelho devido a uma queda na prova da Moto 1000 GP em Brasília no último domingo. O brasileiro falou ao BandSports que sente um incômodo, que não há de ser nada, mas também sobre o autódromo local. O piloto definiu a pista como “precária”.
Estava chovendo no momento da corrida. “Quando chove, não dá pra correr, tanto que foi cancelada a prova da 250. Era o momento pro diretor de corrida ter parado, numa outra pista não teria acontecido”, falou.
Cêis devem lembrar bem que, no ano passado, a equipe da Revista Warm Up fez um dossiê sobre o que estava rolando no autódromo do DF, entre desvios de dinheiro, descuido e morte mal avaliada. Logo veio a notícia de que a MotoGP correria lá, caso uma reforma geral fosse realizada. Nada aconteceu até o começo deste ano, e a Dorna, organizadora do campeonato, se viu obrigada a retirar o Brasil do calendário.
Então como num passe de mágica, a pista voltava ao mesmo papo de reforma e tudo mais por causa da Indy. O governador Agnelo Queiroz, que havia dado suas garantias ao pessoal das duas rodas, apertou as mãos dos organizadores da categoria e foi lá na festa da Bandeirantes para acertar os pauzinhos. O acordo se dava, principalmente, para que a emissora evitasse o lindo processo já aberto contra ela por falhar no cumprimento da realização da etapa brasileira, antes feita nas cercanias do sambódromo do Anhembi. Na ocasião, escrevi que desconfiassem e que aguardássemos até junho ou julho para o desenrolar da história.
E olha onde chegamos: a nada. O autódromo continua na mesma. Agnelo e uma comitiva com mais de 10 negos viajaram a Indianápolis na semana das 500 Milhas, e o papo lá era de que o acordo com a Indy fora assinado e tudo mais. Não pudemos confirmar a informação à época, bem como agora. Já se foram dois meses. A prova da Indy está marcada para o começo de março do ano que vem, portanto daqui oito meses.
Remontando a história: é necessária uma licitação para que sejam realizadas as obras. Vasculhei aqui e ali e descobri que o processo de escolha só vai acontecer em setembro. E que a reforma vai durar mais de um ano, consumindo uns bons sete milhões de dilmas dos cofres do Distrito Federal.
Anotem aí que este autódromo, se reformado, só fica pronto em 2016. O papo de corrida da Indy no Brasil em Brasília era só um pano.