Blog do Victor Martins
F-Indy

Polis de Indiana, 22

INDIANÁPOLIS | Eu sempre digo: Indianápolis é isso. Quem nunca teve oportunidade de conhecer, tanto a cidade quanto o Speedway, tem de se programar para vir, passar uma semana, visitar o museu, comprar, etc. E, claro, assistir à corrida, sentir o clima da arquibancada, o que o infield oferece, as atrações musicais e tudo mais. Ontem […]

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INDIANÁPOLIS | Eu sempre digo: Indianápolis é isso. Quem nunca teve oportunidade de conhecer, tanto a cidade quanto o Speedway, tem de se programar para vir, passar uma semana, visitar o museu, comprar, etc. E, claro, assistir à corrida, sentir o clima da arquibancada, o que o infield oferece, as atrações musicais e tudo mais. Ontem mesmo, de manhã, me peguei pensando que vou sentir falta desse local assim que estiver a caminho do aeroporto. Isso se não resolverem nos prender retroativamente pelo Abacartão.

A corrida foi totalmente atípica em seus 3/4 iniciais. Ninguém esperava nem em seus sonhos mais lisérgicos que passariam 150 voltas sem bandeira amarela e tendo de mudar a tática da corrida. Porque muita gente preferiu poupar o equipamento no começo crendo que só daria o melhor de si nas voltas finais. Em um primeiro momento, o pelotão andou todo junto, mas com os pits mais lentos das equipes fora do eixo, os retardatários começaram a vir.

O quarto final de prova, então, foi o que se espera das 500 Milhas; as voltas finais, então, pôs todo mundo de pé aqui, boquiaberto. A briga entre Hunter-Reay e Castroneves vai figurar para sempre como um dos momentos mais impressionantes: cinco voltas finais intensas, usando linhas que jamais passaram nos treinos, a defensiva, o ataque. E reparem: Andretti e Muñoz não tiraram proveito da situação. Ryan foi preciso e ousado ao colocar por dentro, espremido, na reta oposta na volta 197. Ali ganhou a Indy 500.

Castroneves só tem do que se aborrecer. O cara tinha um carro perfeito e, mesmo quando tentaram fazer alguma modificação, voltaram atrás porque o #3 estava vencedor. Alguém teria de engolir a derrota, e a de Helio foi a maior de sua vida — já antecipo o que o brasileiro disse com exclusividade à TV GP, do Grande Prêmio, que vai ao ar amanhã.

A Ganassi demonstrou mesmo que não vive boa fase. Por mais respeito que se tenha à equipe, ao camarote VIP, os quatro carros passaram por contratempos hoje. Briscoe tocou carro com Davidson com meia volta e passou a corrida toda tentando recuperar a volta, que conseguiu só com as bandeiras amarelas; Kimball e Dixon bateram; e Kanaan… bem, ficar sem gasolina é um erro que se espera da Dale Coyne, não da Ganassi. Colocar errado o ‘starter’ para fazer o motor funcionar de novo já é demais. Negada vai se reunir nos próximos dias para pôr os pratos a limpo — e inteiros.

Busch e Karam foram mais do que agradáveis surpresas, terminando em sexto e nono, respectivamente. Villeneuve chegou a tomar volta, recuperou, andou sempre acima do 20º, de repente terminou em 14º. Seria legal se aparecesse para correr nos outros superovais. Ou, quem sabe, disputasse o campeonato pra valer. Jacques movimentou bem isso aqui.

E aí, gostaram?