Blog do Victor Martins
F1

O Kevin da nova geração

SÃO PAULO | Parece que o povo em Copenhague e adjacências esqueceu as temperaturas glaciais e foi às ruas depois do resultado Magnífico do Mag. Nussinho, como chamamos, já chegou chegando e foi primeiro na sua estreia pela McLaren. “Jura que você crê nisso, em resultado de testes?” Ora, me deixa viver. Kevin é bom, […]

SÃO PAULO | Parece que o povo em Copenhague e adjacências esqueceu as temperaturas glaciais e foi às ruas depois do resultado Magnífico do Mag. Nussinho, como chamamos, já chegou chegando e foi primeiro na sua estreia pela McLaren. “Jura que você crê nisso, em resultado de testes?” Ora, me deixa viver. Kevin é bom, rapaz. Não é de hoje. É só não ser retardado como o pai Jan em seus tempos de F1, isso o pessoal sabe.

Mas é um pensamento além aqui. A McLaren passa por uma reformulação ferrada em seu comando, e Ron Dennis voltou para abalar e enxotar Martin Whitmarsh, que não parecia mesmo entender do negócio. Esta nova F1 aponta que quem tem Mercedes, tá feito, e o MP4-29, com aquela traseira esquisita, uma suspensão ‘bloqueada’, em formato de travesseiro fofo, parece ser a grande sacada do ano, muito mais que aqueles bicos horrendos. Magnussen, com um carro decente, vai para as cabeças – claro, disputando com este Button que ou vem para matar ou para morrer depois da perda do pai. A grande adversária parece ser a Mercedes, por enquanto, que anda, anda, anda e não quebra.

Magnussen é o novato desta história toda, e já faz tempo que a F1 não tem um campeão inédito ou um novato brilhando de primeira. “Peraí, cê já tá falando que ele pode ganhar o título, retardado?” Calma. É só pra falar também de uma matéria que o pessoal está preparando para a Revista Warm Up. Kevin, diante do cenário, cai como uma luva nos prognósticos. Pode ser, por exemplo, o que Villeneuve foi em 1996 pela Williams – apesar de que Jacques teve uma vida toda para se adaptar aos carros diferentes dos que manejava na Indy: chegar na Austrália e fazer a pole, o brilhareco, ser a nova atração de um negócio que perdeu atenção com o domínio Vettel/Red Bull.

Kevin pode ser um Marc Márquez das quatro rodas e ser o ponto da virada de uma categoria que já começa a mudar radicalmente. O danês, ao que tudo indica, sabe se portar como um rookie atrevido e carismático, ótimo para um mercado que também se debruça ao marketing. Já declarou que sentiu um embrulho no estômago, “butterflies”, mal dormiu esta noite pensando no que ia fazer horas depois, aquela coisa do pau duro para sentar logo a bota. E o moleque fala, fala bastante, e ele que recentemente chegou ao Twitter resgata o passado, o #20 dos grandes pilotos que usaram seu número, seu país e tudo mais.

Os psicólogos têm dito por aí que as gerações estão tão avançadas que vêm mudando a cada cinco anos. Taí aquele que se apresenta como o representante da nova na F1.