Blog do Victor Martins
F1

Il campeone tornò

SÃO PAULO | “Ô, il campeone tornò”, foi um canto ouvido nas imediações de Maranello na manhã de hoje, enquanto uma italianada se postava em fila frente à máquina de cappuccino. O desfecho esperado por dias e jamais esperado na história traz Räikkönen de volta à equipe para formar dupla com Alonso. Duvido que a […]

SÃO PAULO | “Ô, il campeone tornò”, foi um canto ouvido nas imediações de Maranello na manhã de hoje, enquanto uma italianada se postava em fila frente à máquina de cappuccino. O desfecho esperado por dias e jamais esperado na história traz Räikkönen de volta à equipe para formar dupla com Alonso.

Duvido que a Mãe Dinah, a Aparecida Liberato, a Amira Lépore ou o Robério de Ogum sequer cogitassem tal situação para o futuro de Kimi há cinco anos, quando o viram sendo remunerado para ser enxotado de Maranello e da F1. A Ferrari literalmente paga pelo erro e assume o pecado com gosto sendo anti-Ferrari, anulando a história de ter um #1 e acolhendo dois campeões mundiais para dividirem a garagem depois de seis décadas. Risco puro: Domenicali e cia. não estão nada acostumados com a situação e hão de penar. E sabem que Alonso, quando confrontado, não reage bem. Dinamite pura em 2014.

E pensar que há menos de um mês, a Ferrari veio dizer que os boatos da volta de Kimi eram “sem fundamento”. Ai, ai.

É claro que passa a ser de longe a dupla mais respeitada do grid e formada, em último caso, para bater a Red Bull no Mundial de Construtores, considerando a chegada de Ricciardo naquela casa. Mas com a evolução da Mercedes, a tendência de um trio-de-ferro feroz se forma, já que Hamilton está cada vez mais sentido a luva lhe cair bem e Rosberg conhece a casa como a palma da mão.

“Mas e a McLaren e a Lotus?”. É, doido, é o que vem agora e todo mundo quer saber. A McLaren tem demorado demais para anunciar a renovação com Button e Pérez. Nada leva a crer que haja alguma mudança para o ano que vem, mas a pulga, sabe?, ela está atrás da orelha. Na Lotus, favoritismo total e irrestrito ao ótimo Hülkenberg. Como sempre ressaltado, o envolvimento da Renault, se confirmado, pode dar novos contornos à vaga restante. Grosjean passa a ficar ameaçado. Os pilotos brasileiros ganhariam força. Tudo embola.

E a melhor silly season dos últimos tempos está longe de terminar.  Mas antes, um prêmio à Lotus, por favor.

PS: Já pode dar o título a Vettel, encerrar 2013 e começar os preparativos para o ano que vem. Julgo ser uma decisão coerente.