SÃO PAULO | Fato consumado: Massa está fora da Ferrari, e o próprio deu a notícia via Instagram, replicando em seu Twitter. Ao menos, a equipe deu ao piloto a gentileza de fazer o anúncio sem que viesse o comunicado de sua dispensa no formalismo e tristeza característicos.
Massa vai deixar a Ferrari na condição de segundo maior piloto em números de corridas (serão 139 até o fim do ano), o quarto em quantidade de vitórias (11), o terceiro em poles (15) e quarto em melhores voltas (14). São números decentes para um piloto decente.
O ponto principal da carreira de Massa, no entanto, acabou sendo o acidente na Hungria em 2009, aquele que muitos acreditam ser o responsável pela queda brusca no rendimento das corridas. De lá pra cá, Felipe ficou zerado em termos de conquistas e teve de aguentar que “Fernando is faster than you” na Alemanha em 2010. Escapou da degola no ano passado, mas não convenceu a equipe a lhe dar outra chance no ano que vem.
Felipe só tem um caminho se quiser continuar competindo em alto nível na F1: a Lotus, que já se debruça sobre Hülkenberg e, dependendo de como evoluírem os papos com a Renault, até pode contar com os serviços do brasileiro pelo apelo do mercado nacional nas vendas de seus carros de rua.
Massa não brilhou nos últimos anos e, de fato, não faz jus à continuação em Maranello, que parte para uma impensável paridade entre Alonso e Räikkönen. Felipe vai lutar para seguir na categoria, mas como tem boa cabeça, haverá de entender se não conseguir e, principalmente, encontrar um bom caminho para a sequência de sua carreira — como fizeram Barrichello com Indy e Stock Car e Senna no WEC, que é a melhor e mais próxima opção para que os deixam a F1, onde tem uma equipe Ferrari e vida e alegria e zás.
Felipe não tem culpa nenhuma, mas o Brasil vai ficar órfão de pilotos na F1. Pelo menos, Massa não vai ficar do esporte.