SÃO PAULO | Se a onda de frio polar que vem não sei de onde de que cantão da Antártica assusta os moradores da região centro-sul do Brasil, uma massa de calor estúpido vai invadir o leste europeu no próximo fim de semana. A previsão do tempo aponta que Budapeste deve encontrar temperaturas próximas a 40ºC, mais do que se viu até no deserto de Sakhir.
Temperatura alta é sempre sinal de desgaste excessivo para os pilotos. E, claro, para os pneus. Depois de um fim de semana tranquilo na Alemanha, a Pirelli vai passar por seu maior teste de resistência nestes tempos em que foi posta ‘sob observação’.
Mesmo que seja quase impossível ver a tal delaminação dos compostos com a mudança da proteção para kevlar, qualquer estouro tende a provocar uma reação imediata da Associação de Pilotos — o que não significa de todos — em torno da segurança. O papo de boicote voltaria à tona. E os dirigentes tornariam a se reunir para novas medidas.
A Pirelli vive uma sinuca-de-bico e já começa a dar sinais de cansaço com o estorvo e com o antimarketing em cima de seus pneus, justamente quando se prepara para dar um gás na sua marca Premium. Por outro lado, tem a F1 na mão: sua saída representaria uma hecatombe, em maior instância para a FIA e a própria categoria, que teriam de correr para ir atrás de uma nova fornecedora, e para as equipes, que estão fazendo seus novos projetos de carros, de configurações diferenciadas, com os dados atuais.
O sol forte é promessa de altas emoções com essa turminha do barulho.