Blog do Victor Martins
F1

Confronto direto

SÃO PAULO | Se a presença de Ricciardo — pronúncia Ricardo, se fosse aqui, Ricardinho — nos testes dos novatos como piloto da Red Bull já dava um fortíssimo indício de que o tororossiano está à frente do companheiro Vergne na busca pela vaga que vai ser liberada por Webber, o chefe da mais forte […]

SÃO PAULO | Se a presença de Ricciardo — pronúncia Ricardo, se fosse aqui, Ricardinho — nos testes dos novatos como piloto da Red Bull já dava um fortíssimo indício de que o tororossiano está à frente do companheiro Vergne na busca pela vaga que vai ser liberada por Webber, o chefe da mais forte equipe da F1 tratou de transformar o champanhe do francês que estava guardado ali na adega em vinagre.

Questionado há pouco pela ótima Sky Sports se a briga havia se resumido a dois pilotos para o ano que vem, Christian Horner soltou duas importantes palavras a respeito do futuro do seu time: “Essencialmente, provavelmente”. É um belo de um “sim”, na verdade, que o dirigente não pode admitir com medo de morder a língua e jogar molho de pimenta. Vai que Ricardinho engate uma série de besteiras até o fim do ano e promova Vergne de novo — ou vai que Vergne já não tenha nenhuma chance, coitado.

Então a coisa funciona da seguinte maneira, abertamente, a partir de hoje: Räikkönen lidera a bolsa de apostas com larga vantagem e não precisa fazer treino nenhum na Red Bull porque todos sabem do que é capaz o farrista beberrão. Se Vettel não pôs lá uma cláusula de veto e realmente é amigo e não se opõe ao finlandês, vixe, pobre Daniel. Resta a Ricciardo sentar a bota e o pau nestes testes, liderar, botar uma diferença larga no segundo, no terceiro, em quem for, passar o maior número de informações e dados e esfregar ali na cara de todos eles que, sim, ali tem um candidato que quer fazer honrar a existência e a essência da Toro Rosso e seguir os passos do tricampeão a caminho do tetra.

Ricciardo tem de mexer com a cabeça dessa gente da cúpula que está pendente ao monossilábico “sim” de Kimi, o “sim” que ele há de dizer, abertamente. Aquele que Horner tratou de camuflar. Chegou o dia da página que vira para o australiano, aquela que mostra a que ele veio na carreira e na vida. Aquela que indica se está pronto para se transformar em astro da F1.