Blog do Victor Martins
F1

Mundo russo

SÃO PAULO | A garantia de sobrevivência da Sauber não passa pelo mundo árabe, mas pela grana que a Rússia tem. O anúncio feito hoje praticamente transfere a base da equipe na pacata Hinwil para o maior país do mundo em extensão territorial e tira o caráter garagista da equipe agora comandada por Monisha Kaltenborn. […]

SÃO PAULO | A garantia de sobrevivência da Sauber não passa pelo mundo árabe, mas pela grana que a Rússia tem. O anúncio feito hoje praticamente transfere a base da equipe na pacata Hinwil para o maior país do mundo em extensão territorial e tira o caráter garagista da equipe agora comandada por Monisha Kaltenborn.

Depois da temporada de maior brilho desde que estreou na F1, a Sauber vinha atrasando os salários de Hülkenberg num ano em que errou a mão do carro e, como consequência, não atraiu um patrocinador capaz de manter as contas no azul. O time acabou, assim, se vendendo a quem podia pagar, uma nação com fundos de investimento e um instituto de aviação, travestidos em apoio e divulgação do GP que há de acontecer em Sochi no ano que vem.

Em contrapartida ao dinheiro e à tecnologia investidos, a Sauber vai ter de abrir uma de suas vagas a Sergei Sirostin, atualmente competindo na World Series. Ao longo do ano, a equipe vai vestir o avental de professora e desenvolver as capacidades do jovem. Se o contrato de Gutiérrez não estiver muito bem amarrado, claro que é un abrazo, cabrón, y hasta. Mas Hülk, que não leva patrocínio algum, não anda lá muito satisfeito com o andor e já andou ciscando ali pela Lotus.

Lotus que já andou dizendo que não tem intenção de trocar sua dupla, e trololó. Lotus que anda fazendo brincadeirinhas, as costumeiras, de bom gosto, para tentar manter Räikkönen. Räikkönen que não há de ficar naquela casa porque quer conquistar títulos e adora beber Red Bull. Lotus que vai querer um piloto extremamente bom, e não Grosjean, para ser seu líder.

O mundo russo, inesperadamente, pode ter esclarecido mais coisas sobre 2014.