Blog do Victor Martins
F1

Weissfudden

SÃO PAULO | Era pule de dez, mais uma vez, a pole do atual melhor carro da F1, mas o favoritão era Rosberg, até por correr em casa, com torcida e tudo mais. Só que, agora na condição de equipe de ponta, a Mercedes cometeu seu primeiro grande pecado: a soberba de achar que os […]

SÃO PAULO | Era pule de dez, mais uma vez, a pole do atual melhor carro da F1, mas o favoritão era Rosberg, até por correr em casa, com torcida e tudo mais. Só que, agora na condição de equipe de ponta, a Mercedes cometeu seu primeiro grande pecado: a soberba de achar que os demais não melhorariam seus tempos, deixando Nico nos pits pronto para o Q3 do qual não participou. “Fiquei em choque”, disse, oh!, chocado. É, filhão, das rapaduren ist nicht molen, e largar em 11º pelo menos vai dar a demonstração do que é capaz este carro prateado.

E pensar que em Barcelona, cinco corridas atrás, a Mercedes lutava para não ir escada abaixo…

Hamilton ficou com uma pole que até não lhe parecia próxima, vide o fim de semana que vinha tendo. Levemente mal nos treinos, sempre andou pior que o companheiro e, sobretudo, as Red Bull. Até dava para Vettel a primeira colocação desta vez, mas um mau primeiro setor em sua última volta minou suas chances. A diferença foi de 0s12. Como na Inglaterra, a disputa vai ser ferrenha entre os taurinos e os mercedianos, e novamente Webber deve ser posto neste caldeirão – nada como a liberdade para soltar um piloto.

Não parece que Räikkönen, quarto, tenha ritmo suficiente para acompanhar os rivais da frente. Assim, o quinto, Grosjean, está eliminado automaticamente de qualquer chance. Ricciardo, este jovem ótimo, de novo se colocou bem no grid e parte em sexto. Se a Toro Rosso não fizer besteira como em Silverstone, há de conquistar o que eles chamam de “bons pontos”.

Bom, aí vem a Ferrari com sua tática diferenciada de treinar com os pneus médios, com Massa à frente de Alonso. O que, todos sabemos, não quer dizer nada na corrida. Certamente, os dois hão de estar em primeiro e segundo em um determinado momento da prova, já que todos os que vão à frente pararão antes para se livrar dos frágeis macios. Os produtos de faixa branca podem durar até 20 voltas sem perder sua eficiência, o que permite pensar que os macios só devem ser colocados no fim da corrida, nas voltas finais, com o carro mais leve. A estratégia até pode funcionar, mas demonstra que a equipe tem de partir para algo distinto para tentar camuflar o parco desempenho do carro. Junto com Rosberg, serão as atrações da prova.

Destaque negativo para a Force India, que não foi ao Q3, mas aparentemente por um erro aqui e ali. Di Resta e Sutil têm condições de escalarem o grid. Pena que vão perder tempo demais. Hülkenberg é que surpreendeu com esta Sauber horrorosa e eikebatistada, largando em nono.

Nürburgring geralmente tem boas provas, sobretudo por conta do mau tempo. Mas a previsão aponta que não vai chover, o que reserva para a freada da primeira curva após a largada a grande emoção. A possibilidade de uma bandeira amarela e confusão são grandes porque há três fatores que são preponderantes: Grosjean, Pérez e Maldonado. Se houver, é bem possível que aqueles que usam os pneus macios já parem para as trocas. O palpite vai de novo para Vettel, mordido pela ‘derrota’ da semana passada e, pelo que mostrou nos treinos, com uma Red Bull tinindo em ritmo de corrida.