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O que será de Kimi

SÃO PAULO | Nada como um ano após o outro. Se nas últimas temporadas o cenário da F1 dependia do movimento de xadrez feito pela Ferrari com o bispo Massa, 2014 e suas mudanças técnicas vêm acompanhadas da expectativa do que a Red Bull pretende fazer com o cavalo/touro Webber, que já anda meio comido […]

SÃO PAULO | Nada como um ano após o outro. Se nas últimas temporadas o cenário da F1 dependia do movimento de xadrez feito pela Ferrari com o bispo Massa, 2014 e suas mudanças técnicas vêm acompanhadas da expectativa do que a Red Bull pretende fazer com o cavalo/touro Webber, que já anda meio comido — no bom sentido — há tempos.

A briga interna entre os taurinos no GP da Malásia deixou Massa na brisa, e a situação de Webber foi ventilada sempre fora da equipe e até da F1, ou com a vida ganha e voltada à bike na Austrália ou novamente dedicada à Porsche e ao endurance. Nesta vertente, é mais do que natural que os olhos se abram para aquele que está melhor na Toro Rosso, o compatriota Ricciardo. Mas diante da opção Räikkönen à mesa, o negócio muda.

O assunto ganhou reforço hoje em Mônaco quando Kimi resolveu murmurar mais do que de costume e confirmar que tem “duas opções” para o ano que vem, obviamente a equipe onde está, a Lotus, e a Red Bull de Vettel.

O copo pela metade apresenta suas velhas duas visões: é difícil que Kimi vá ser mais do que amigo de Sebastian. É um fato esquecido e sempre negado, mas o finlandês tem lá sua parte acionária na Lotus, segundo alguns infiltrados no assunto. Por outro lado, Räikkönen tem ligações com a Red Bull desde o momento em que escolheu ir correr de rali pela Citroën.

Uma segunda taça mostra a Red Bull. A empresa tem como filosofia de nascimento uma segunda equipe para fornecer-lhe pilotos capazes de guiar na primeira, como aconteceu com Vettel a partir de 2009. Mas à época em que o tirou da Toro Rosso, não era grande. Na condição de principal equipe da F1 hoje, e olhando para as duplas das principais rivais, tem de contar com um segundo piloto necessariamente forte. E a STR, hoje, é cada vez mais independente de sua matriz em termos financeiros.

Talvez Räikkönen nem ligue para isso, mas uma mudança para a Red Bull o transformaria num dos pouquíssimos nomes da história a correr por todas as grandes de seu tempo  — com bondade considerando a Lotus, mas contando Ferrari e McLaren. Ainda é cedo para que um dos pilotaços da F1 tome uma decisão — visto que está claramente na disputa pelo título —, mas é bem possível que as férias da F1 em julho já sejam devidamente celebradas com um novo contrato assinado.

Se a distância na tabela para a Red Bull for mínima, Kimi provavelmente continua a pôr seu nome no papel de Enstone. Do contrário, vai lá misturar energético com sua adorável vodka e cair torto de gauche na vida.