Blog do Victor Martins
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Desmancha

SÃO PAULO | Meu Palmeiras, meu Palmeiras. Duas derrotas, e aí dá nisso: pancadaria lá no aeroporto de Buenos Aires proveniente dessa facção unificada — devidamente sustentada e alisada pelo clube — que destrói o patrimônio público e a paciência dos jogadores e dos torcedores decentes e de bem. O Lancenet! traz tudo com detalhes. Primeiro que […]


SÃO PAULO
| Meu Palmeiras, meu Palmeiras. Duas derrotas, e aí dá nisso: pancadaria lá no aeroporto de Buenos Aires proveniente dessa facção unificada — devidamente sustentada e alisada pelo clube — que destrói o patrimônio público e a paciência dos jogadores e dos torcedores decentes e de bem. O Lancenet! traz tudo com detalhes.

Primeiro que esse pessoal da Mancha, que no meio da semana deixa de trampar para viajar e bater em marmanjos, poderia, sei lá, arrumar algumas muiés aí para descontar toda essa ira, ui, revolta, ai, brabeza. Essa gente forte aí, trabalhadora, decente, não bateu no límpido Serdan quando a escolha de samba foi rebaixada no Carnaval. Essa gente bate e assopra.

Ainda, é no mínimo burra e idiota essa gente que viu há duas semanas um episódio que culminou em uma morte justamente causada pela torcida de maior rivalidade. Porque não importa o lugar onde seja consumado o ato, num estádio ou um aeroporto. A questão é a violência e, evidentemente em menor escala, as consequências ao clube — que para essa negada aí é o bem maior. Não interessa se é picuinha com Valdivia ou jogador X — o que o pobre Fernando Prass, com um corte na cabeça, tem a ver com o pato? Mas não há alguém ali com a menor capacidade intelectual — ah, vá… — para pensar que o Palmeiras pode ser prejudicado em alguma esfera e que chegue nos seus párias tentando impedir. A Mancha não resolveu ainda se ela torce pelo time.

Tapa de torcida não vai fazer jogador ser melhor em campo, muito pelo contrário. Ninguém curte fazer nada com o rabo na mão sabendo que pode ir num shopping no fim de semana e tomar umas bifas porque perdeu um gol. Se o elenco do Palmeiras se recusar a jogar a partir de agora ou rescindir seu contrato, é até uma atitude louvável e compreensível.

Também é claro que não é caso para a Conmebol agir. É caso de polícia. E como a daqui, que é conivente, não faz porra nenhuma, que a da Argentina faça como a da Bolívia: pega os caras e deixa lá mofando no xilindró. E que nenhum advogadozinho dessa merda de quadrilha apareça depois com liminar dizendo que quem agrediu jogador foi ‘di menor’.

E se num átimo de esperança alguém finalmente resolver algo aqui, tipo Ministério Público, otoridades e afins, que desmanchem essa Mancha e todas essas coligações de torcidas. Que prendam. Que atuem. Que façam seu papel. Como a dificuldade, a burocracia e a má vontade são imensas, o negócio é aquele mesmo: mexer no clube: banir das competições e pronto. Porque aí o clube é quem se mexe e toma uma atitude.

Ou o negócio é fechar as portas do Palmeiras. Aí esses canalhas, enfim, sossegam e dão paz.