Terra do shanti, 2

SÃO PAULO | O resultado era mais do que esperado e o temor que surge é de que a corrida deste domingo seja um porre de Chalise tal qual as últimas corridas — a da Índia do ano passado e a última na Coreia. Se Vettel apontar naquela primeira curva na frente, não há muito o que fazer. Webber vai comboiá-lo e as McLaren, apesar do discurso todo positivão de quem vai pro segundo turno 20% atrás nas pesquisas, já sentem a derrota.

A Ferrari, então, pfff!… terceira fila é o máximo, e ao menos Massa está ali para fazer companhia a seu amo e senhor. Aliás, o grid de hoje, a classificação em si, nem parecem a F1 de 2012. Lembram a de 2011, sem muita emoção, blasé.

Só a partir da quarta fila que há uma mescla de carros, os primeiros pilotos de suas equipes: Raikkonen, Pérez, Maldonado e Rosberg. O que significa dizer que os companheiros foram tungados no Q2. Grosjean larga na 11ª; Mito foi mal demais, está em fim de carreira, gente que se desfaz; Senna-cometi-um-erro é 13º e Schumacher, 14º. A não ser que arrisquem nas estratégias, não devem fazer grandes coisas. O que, como diria o filósofo, é ruim para Bruno.

Convenhamos: só o dinheiro de Senna o garante em algum lugar no ano que vem, vai.

Posto isso, não é nem questão de ver o que vai acontecer amanhã, mas o negócio é já começar a pensar se o campeonato acaba antes do GP do Brasil, dada a facilidade com que Vettel tem levado as coisas. Alonso, que pretendia brigar pelo pódio, pode sair da Índia pior que a emenda. E temo pelo nosso sagrado sono.

Como diria o professor Pasquale, é isso.