Blog do Victor Martins
F1

Passando a régua

SÃO PAULO | Ah, o retorno. Que alegria, que tudo. Muita coisa aconteceu neste ínterim, como gosta de dizer Américo Teixeira Jr. Vou tentar lembrar de cabeça pelo que li de relance e vi, de fato: o caminho feito de Vettel rumo ao tri; o bom desempenho de Massa na Coreia e sua renovação com […]

SÃO PAULO | Ah, o retorno. Que alegria, que tudo. Muita coisa aconteceu neste ínterim, como gosta de dizer Américo Teixeira Jr. Vou tentar lembrar de cabeça pelo que li de relance e vi, de fato: o caminho feito de Vettel rumo ao tri; o bom desempenho de Massa na Coreia e sua renovação com a Ferrari; o adiamento do GP das Américas para 2014; Mito pedindo dinheiro para seguir na F1.

Claro que o mais importante é o último. Garantir a presença de Kobayashi na F1 deveria ser tema da próxima reunião da ONU ou do G-20. Angela Merkel deveria intervir e destinar uma porcentagem do fundo da zona do euro. O FMI tem de se posicionar.

Kobayashi está de pires na mão, mas a verdade é que nem toda a grana do mundo que trouxer vai lhe fazer correr na Sauber no ano que vem. Mesmo com sua performance linda no Japão, o Mito deveu ao longo do ano, e a F1 virou isso aí que a gente está vendo: um bando de pilotos que tem de chegar amarrados a empresas polpudas e generosas com o esporte. A BBC já dá como certa a ida de Hülkenberg para o lugar de Pérez, e confesso que não me atentei a que meio de comunicação que cravou o retorno à F1 de Alguersuari.

Sei lá. Entre Alguersuari e Kobayashi, sou muito mais o Japa. Hülkenberg é uma ótima pedida para o time.

Quanto a Felipe, a renovação é merecida baseada nas últimas performances, sobretudo a da própria Coreia. Apesar de ter terminado em quarto, fora do pódio, o ritmo que imprimiu ao longo da corrida era melhor que o de Alonso e só o jogo de equipe manteve La Chiliquenta à frente do brasileiro, que teve atuação mais firme até que a do Japão, onde foi segundo. É este Massa que Brasilino Pacheco e a turma de Maranello quer, não o cara que foi sombra de piloto de F1 do seu retorno após o acidente até a metade da temporada deste ano.

Brasilino, aliás, tem de torcer por Senna. Por um lado, ouve-se que Bruno já foi avisado de que não fica na Williams; por outro, gente próxima diz que o piloto aparenta uma tranquilidade tamanha — diferente desta época no ano passado — que deve indicar sua permanência na F1 em 2013. A P&G (Gillette), uma das patrocinadoras do brasileiro, já tem a grana separadinha para a próxima temporada. E se não for no time de Grove, a opção que aparece ululante é a Force India, mergulhada na pindaíba. Di Resta fica, atrelado à Mercedes e seus motores. A outra vaga, que naturalmente seria do reserva Bianchi, vai ser di$putada a tapa$.

Adendo: este tutu da Gillette, é bom dizer, é insuficiente para colocar Bruno em qualquer equipe. De qualquer forma, ele vai começar os treinos na Índia desencanado de impressionar o pessoal da Williams. Nos próximos dias, hemos de saber algumas novidades aí sobre seu futuro.