Blog do Victor Martins
F1

Terra do Bukit Timah, 2

SÃO PAULO | Vettel fez a trinca nos treinos livres e Hamilton ficou na dele, talvez rindo da cara e do capacete purpurinado, ai, que badalo!, daquele que parecia ser seu grande adversário na luta pela pole. E Lewis fez o que dele se esperava, com esse canhão prateado: encaixou a volta rápida no momento […]

F1 Grand Prix of Singapore - Qualifying" src="https://victor-martins.grandepremio.com.br/wp-content/uploads/2012/09/152568709_10-1024x705.jpg" alt="" width="434" height="298" />SÃO PAULO | Vettel fez a trinca nos treinos livres e Hamilton ficou na dele, talvez rindo da cara e do capacete purpurinado, ai, que badalo!, daquele que parecia ser seu grande adversário na luta pela pole. E Lewis fez o que dele se esperava, com esse canhão prateado: encaixou a volta rápida no momento certo. Mais de 0s5 na frente da Red Bull #1, que nem na primeira fila larga. There comes Maldonado, oh!. “Mas a Williams parecia não incomodar”. De fato. Mas tem esse fator Maldonado em pistas de rua. É tipo uma luva. Esqueci deste detalhe.

Maldonado sempre andou bem em Mônaco desde os tempos de GP2 e vencia no Principado mesmo andando de biga. Tem até uma história que rola por aí que em 2005 o rapaz quase foi impedido de correr lá porque machucou um comissário e que o pai pagou para livrar a cara do filho. Monte Carlo sucedeu a prova de Barcelona, onde ele venceu, e Pastor foi um desastre lá. No caso, foi exceção. Em Valência, andou bem demais até bater com Hamilton – 1mmmm… – nas voltas finais. Agora em Cingapura aparece em segundo no grid.

Naquela lista de aliados contra Alonso e tal, Hamilton não pode considerar muito Maldonado, não. Se bem que neste instante, a Williams já deve ter chamado um psiquiatra, um psicanalista e um terapeuta para botar na cabeça do venezuelano que a vida é mais do que uma largada e que dá para chegar aos pontos largando, puxa!, em segundo.

Vettel está ali em terceiro, largando do lado limpo da pista, que não deve significar tanta coisa de vantagem. E Button vem em quarto, à frente de Alonso. Faltou só Webber para que o cenário ideal de Hamilton fosse desenhado neste treino. Mas nem na frente de Di Resta o australiano conseguiu ficar. Aquele Webber competitivo da primeira parte da temporada deve estar na Tasmânia.

Mas num exercício muito puxado, sem supino, de aplicar o grid ao resultado final, Hamilton tiraria 15 pontos da diferença de Alonso, reduzindo a 22. Tá bom demais para uma corrida, sendo que faltam mais seis.

Alonso não tem carro para brigar com McLaren nem Vettel. Assim, o quarto lugar é, em tese, o que pode alcançar. Mas tem uma coisa que será preponderante e fundamental: os pneus.

Pneus que não atrapalharam a vida de quase ninguém na Itália, mas que em Cingapura não estão durando 5 voltas e 3 contos de réis. Massa, lá atrás, culpou-os. Chegava na parte final da volta, e já não tinha mais aderência. De fato, a Ferrari vinha pedindo que o brasileiro cuidasse dos calçados. E pode ser que até seja bom para Felipe, como diriam na TV, largar acima de décimo podendo escolher sua estratégia – que seria largar com os macios, diferente dos supermacios da turma dos oito primeiros. Que é o que Schumacher e Rosberg devem fazer amanhã, já que não participaram do Q3.

Essas Mercedes, sei não, podem dar o pulo do gato tal qual Pérez fez em Monza. É bom Alonso e a Ferrari ficarem de olho.

Quanto a Senna, o caderninho de Bottas foi aberto de novo. Ôto toque no muro, desta vez danificando a suspensão. Senna tem de fazer um cursinho de classificação. Um supletivo. Um mobral. É um tanto quanto feio compará-lo a Maldonado no sábado. É sempre naba. É sempre um terror. E Kobayashi ficando no Q1? Porra, Mito!

Para o domingo, obviamente Hamilton é favorito, mas numa pista como esta, calor, desgaste de pneus e físico durante quase 2 horas, possibilidade de safety-car e tudo mais, o carro mais rápido da McLaren acaba parecendo um detalhe de luxo. A Red Bull é boa em ritmo de corrida e esperta em tática. É aí que Vettel pode se dar bem.