Blog do Victor Martins
F1

Terra do Sinal de Botrange, 3

SÃO PAULO | Logo mais vem uma linda análise da corrida belga, um espetáculo daqueles, mas tamo aqui pensando muito, agora que Grosjean foi devidamente suspenso: e se já fosse para dar o carro na mão de D’Ambrosio, Eric Boullier, também empresário do rapaz, já teria dado. Mas não, vai só anunciar o substituto “mais […]

F1 Grand Prix of Belgium" src="https://victor-martins.grandepremio.com.br/wp-content/uploads/2012/09/151139795-1024x635.jpg" alt="" width="434" height="269" />SÃO PAULO | Logo mais vem uma linda análise da corrida belga, um espetáculo daqueles, mas tamo aqui pensando muito, agora que Grosjean foi devidamente suspenso: e se já fosse para dar o carro na mão de D’Ambrosio, Eric Boullier, também empresário do rapaz, já teria dado. Mas não, vai só anunciar o substituto “mais tarde”, não muito provavelmente depois de um ou dois cafés longos. Considerando que a corrida que vem é Monza e os treinos começam sexta-feira, a Lotus tem um prazo de até quarta pra decidir.

D’Ambrosio é a opção mais óbvia por ser o reserva, mas não tem experiência alguma em corrida com um carro de verde. Jérôme foi piloto da Virgin, atual Marussia, e nunca fez lá grande coisa – nunca ninguém reparou. O que pode pintar a seu favor é que o circuito italiano não tem muito segredo, é reta, variante, mais reta, mais variante, outra reta e uma parabólica.

Mas a Lotus quer vencer (jura?), e D’Ambrosio não é nome muito forte para tal. A análise da Lotus vai levar em consideração alguéns que sejam familiares e que não estão há tempo tempo longe de um carro de F1. Três nomes saltam à vista.

Di Grassi seria a opção mais proveitosa porque foi cria da então Renault e é piloto de testes da Pirelli, o que significa dizer que não perdeu o fio da meada depois que deixou de correr para a Virgin e que conhece muito bem o funcionamento dos pneus. A não ser que compromissos com a Audi e o WEC (o Mundial de Endurance) impeçam, é comprar a passagem pela Alitalia e cair em Milão e dirigir uns 20 km.

Heidfeld foi enxotado da própria Lotus no ano passado quando o culparam pela não evolução do carro, feito ao gosto de Kubica, o então primeiro piloto. Acabou substituído por Senna e ninguém mais o viu num carro de F1. Mas o viu em Spa-Francorchamps. Tá ali, ó, prontinho para agarrar a chance. E conhece bem Raikkonen dos tempos de Sauber.

Sutil vai e vem nos paddocks da vida pedindo pelamordedeus pra voltar. Ótimo piloto, chegou a ter até seu nome ventilado para fazer parte da equipe, mas tem um histórico negativo com um dos diretores do grupo Genii, que era sócio majoritário da Lotus. O caso foi parar na Justiça, e Adrian só não foi preso porque pediu desculpas formais e tudo mais. Se o caso estiver devidamente posto debaixo do tapete, vale a pena pensar nele. Mas como diz Juliana Tesser, “eu não daria chance pra ninguém que me deu uma garrafada na balada”.

E aí outros aparecem, com menor chance, numa visão holística. Buemi é piloto de testes da Red Bull, que usa motores Renault. Não faz muita coisa na vida. Alguersuari vai a todas as corridas na condição de comentarista da TV espanhola. Barrichello só espera um telefonema – largaria a corrida em Baltimore sem nenhum problema se Boullier lhe ligasse.
D’Ambrosio vai ter de pedir muito a seu Dieu para correr.