Ainda que fosse difícil imaginar que aceitasse sair da Red Bull pelo momento que vive (vivia) no campeonato, Webber e a Ferrari chegaram a conversar. Como a equipe vive um ‘aloncentrismo’ e Fernando tem o poder de decisão sobre seu companheiro, o australiano lhe pareceria a medida perfeita: melhor que Massa, o ajudaria no desenvolvimento do carro e, sobretudo, à Ferrari brigar com McLaren e os taurinos na luta pelo título de Construtores, coisa que é impossível desde 2009, sem incomodar o reinado do espanhol.
Sem uma opção no leque, os italianos têm ali berrando e brilhando o nome de Pérez. Só que do mesmo jeito que Massa é esta incógnita — ou não, dependendo do ponto de vista mais racional e pessimista —, Ligeirinho ainda pode suscitar dúvidas pelo seu noviciado, apesar de estar em sua segunda temporada pela Sauber e ter tido desempenhos extremamente vistosos.
Hamilton não tem aparentemente acordo feito com a McLaren para o ano que vem e tem dois pontos interessantes para negociar com o time que onde cresceu e se reproduziu: o salário e os troféus. Pelas palavras da cúpula da equipe, a intenção é baixar o preço do soldo do inglês porque a situação da Europa tá ru-im. E Hamilton quer levar para si os prêmios que recebe no pódio, coisa que a McLaren oprime. Seria um nome fortíssimo para a Ferrari, mas há um outro ponto (grande): o passado com Alonso. 2007. Hoje com relacionamento bom, Fernando não toparia o caos em seu reino.
Quase ninguém vê, mas ali no fundo do grid tem um Kovalainen que apela e grita para que o tirem do mundo pequeno da Caterham. Pode não ser muito bem visto por aqui, mas o finlandês tem a simpatia e o apreço de seus pares no grid — tanto que o próprio Hamilton, não tem muito tempo, rendeu-se à qualidade de Heikki, seu companheiro por duas temporadas. Kova foi substituto de Alonso na Renault, mas os dois conviveram juntos um tempo. A princípio, teria passagem livre. Mas não deve ser bem o que a Ferrari quer.
Agora pintou Raikkonen na lista da Ferrari. O frio Kimi disse que não se oporia voltar — talvez nem lembre que esteve lá e foi campeão, de tão desligado que é —, mas a Lotus vai gastar os tubos para que fique ao lado de Grosjean. A readaptação de Kimi à F1 é das coisas mais impressionantes — já esteve bem perto de vencer umas tantas vezes —, diferente de Massa, que pena para entender o funcionamento dos Pirelli. Alonso gostaria de Raikkonen como companheiro? Provavelmente não.
Outros nomes aqui e ali surgem, mas são como os nanicos das eleições. E diante deste cenário, há uma indicação de um ‘match’ virtual, até porque as restrições da F1 em seus testes impediriam um vestibular. Pérez é a bola da vez, mas é uma aposta de risco. Assim, ainda que Massa faça um campeonato como esperado — ruim, com a pontuação de uma vitória em 11 corridas —, a Ferrari pode não ter opções senão ficar mais um tempo com Felipe.
As férias vão dar muito trabalho pelos lados de Maranello.
E para os caros leitores, Massa já está fora? Tem chance e seu adversário é Pérez? Ou mais alguém está na briga?