Blog do Victor Martins
F1

Terra do Grimaldi, 3

SÃO PAULO | A Globo não fez como no UFC, aquele vexame do ‘ao vivo’ em VT da luta do Cigano Igor com o Mir, e como prometido, às 8h40 do horário de Brasília, entrou de Monte Carlo para fazer reportagens ao vivo do grid. Na “nova transmissão”, a repórter Mariana Becker teve a companhia […]

SÃO PAULO | A Globo não fez como no UFC, aquele vexame do ‘ao vivo’ em VT da luta do Cigano Igor com o Mir, e como prometido, às 8h40 do horário de Brasília, entrou de Monte Carlo para fazer reportagens ao vivo do grid. Na “nova transmissão”, a repórter Mariana Becker teve a companhia do comentarista Luciano Burti entrevistando pilotos, dirigentes e personalidades.

Mariana, pelo que noto, é meio contestada pelo povo que acompanha a F1. Mas não se pode dizer que tenha feito um trabalho ruim, não, tanto no sábado quanto no domingo. Apresentou até uma desenvoltura e uma intimidade com a câmera. Fez bem o que foi solicitado dela. E se acham que ela às vezes fala o óbvio ou algo que não corresponda, um ponto que se destaca na jornalista é que ela não tem medo de perguntar, sobretudo aos brasileiros.

Galvão Bueno e Reginaldo Leme são ratos de televisão, então não havia muito com que se preocupar. A questão, mesmo, era a primeira vez. A Globo, enfim, mandou bem, talvez tenha se tocado do produto que tem nas mãos e como valorizá-lo, sobretudo numa temporada como esta. Agora tem à disposição câmeras on-board, então pode ir fazendo a seu modo uma corrida, tão bem como costuma fazer no futebol.

A experiência vai durar o ano todo, e a questão é aprimorá-la, ver se 20 minutos é suficiente, se dá para apresentar reportagens especiais — frias e do próprio final de semana —, usar o conhecimento técnico de Burti e a experiência de Reginaldo. Que usem como exemplo a BBC, a Sky Sports, a RAI, ou mesmo a ABC hoje no pré-corrida das 500 Milhas de Indianápolis, num espetáculo de especial feito a Dan Wheldon. Que aumentem o tempo, se for necessário. A gente, enquanto admirador de corrida, agradece.