Blog do Victor Martins
A várzea de rodas

A várzea de rodas, 11

SÃO PAULO | O retorno de Antonio Hermann ao comando da SRO Latin America está ocasionando um rebu nos bastidores do GT Brasil que deve provocar a bipartição da categoria e o provável enfraquecimento da série dos supercarros, num caso complexo que abrange umas tantas partes com interesses específicos. No meio do ano passado, o […]

SÃO PAULO | O retorno de Antonio Hermann ao comando da SRO Latin America está ocasionando um rebu nos bastidores do GT Brasil que deve provocar a bipartição da categoria e o provável enfraquecimento da série dos supercarros, num caso complexo que abrange umas tantas partes com interesses específicos.

No meio do ano passado, o empresário Antonio Hermann deixou seu cargo diretivo na SRO Latin America em meio às divergências internas que ocorreram no grupo que encabeça o GT Brasil — Itaipava. No fim de 2011, Hermann iniciou um trabalho para capitanear a chegada da BMW ao campeonato dos grandes carros de um Team Brazil da marca alemã. Concomitantemente, a mudança de postura — e acionária — do Grupo Petrópolis levou à retirada do patrocínio principal do campeonato, abrindo caminho para que o Banco BVA assumisse os direitos do nome a partir desta temporada.

Só que nos derradeiros dias de janeiro, Hermann foi convidado a reintegrar a SRO. Como há uma proximidade grande com o pessoal da Itaipava, a medida não foi bem aceita pelo BVA, por assim dizer.

Por um lado, a SRO se põe como a única responsável para a realização de um campeonato denominado GT e é a única companhia com chancela da CBA para promovê-lo. Só que os direitos de transmissão, como da etapa preliminar da etapa da Indy em São Paulo, pertencem à Auto+, aliada à parceria Itaipava-BVA. Assim, a TV Bandeirantes está diretamente relacionada à história, e comenta-se que o intermediário para a solução de tal é Otávio Mesquita.

Ainda, fala-se que neste cenário se inclui Carlos Col como possível sócio ou parceiro da SRO. Seu interesse encontra-se num possível acordo de Cacá Bueno com a equipe BMW, comandada por Hermann, para participar do GT Brasil. Por trás disso está a intenção em fazer com o que o campeonato seja transmitido pelo SporTV — e isso envolve aquela determinação da TV Globo, apoiada pela Vicar, de que os pilotos que correm na Stock Car não podem participar de séries transmitidas por emissoras concorrentes — e alinhar as grandes marcas internacionais ao calendário do Brasileiro de Marcas.

Ao outro grupo, restaria, com o patrocínio máster do BVA, apoio da Auto+ e membros/ex-membros do conglomerado Itaipava, conceber num novo campeonato, sem menção à marca GT, com os mesmos supercarros. A ideia que se ventila é fazer algo no estilo endurance.

É neste pé em que se encontra mais este lindíssimo caso do automobilismo tupiniquim.