Cacá deixou o carro morrer na área de escape da curva 2, mas isso não ajudou em nada Max Wilson, o outro candidato ao título. Primeiro que Max vinha de décimo para cima, e metros depois, o piloto “do carrinho amarelinho número 65” acabou pegando o óleo que jorrou do carro de Gomes e junto com outros tantos — Allam Khodair, Átila Abreu, Júlio Campos e Nonô Figueiredo, por exemplo — fez um desmanche metros à frente. No fim, a vitória caiu no colo de Daniel Serra.
Bueno é um grande piloto, talvez o melhor da categoria, o título cai em ótimas mãos, mas o regulamento precisa ser revisto, como sempre. Faz-se necessário eliminar esse injusto playoff, criado para dar uma emoção falsa e que nem sempre acaba premiando quem somou mais pontos ou foi mais constante — o próprio Cacá, aliás, é contra esta fase final de quatro míseras etapas. Thiago Camilo, que terminou a primeira fase com larga vantagem, ficou de mãos vazias no fim das contas — é bem verdade que foi mal na decisão. Segundo Luciano Monteiro, Camilo teria 154 pontos contra 153 (150 com dois descartes), num campeonato normal. Se o playoff tem algum fim de audiência na TV, é bom dizer que a Globo, parceira encalacrada da Vicar, chegou a 6 pontos no Ibope e ficou só em terceiro, perdendo para a Record e para o SBT.
Até porque não adianta transmitir a final achando que é futebol, sendo que pouco se mostra do campeonato como um todo.