Pois a BBC, hoje, deu voz à boataria que se surgiu assim que a imprensa tomou nota da visita de Raikkonen à sede da Williams semanas atrás. A emissora inglesa informa que, apesar de minimizarem a intenção da visita a Grove, Kimi se mostrou disposto a guiar pela equipe, que está avaliando cuidadosamente a ideia. O que pega é o salário — que seria maior do que recebe Barrichello —, mas acreditam que a presença de Raikkonen atrairia patrocinadores.
Paralelo a isso, em mais um daqueles capítulos de tentativa de ficar, Barrichello disse hoje que está melhor agora do que com 18 anos — o que, creio, seja meio óbvio, mas tudo bem. A questão toda começa a ficar um pouco mais clara: a Williams não quer mais contar com Barrichello. Ou, ainda, Rubens parece ser a última opção em Grove. Porque considerar trazer Raikkonen de volta, um piloto que está sem pilotar um carro de F1 há dois anos, demonstra que o time não está contente com o trabalho do brasileiro.
Considerem que trazer Raikkonen e apostar que patrocinadores vão chegar à equipe é meramente um tiro no escuro. É uma aposta arriscada justamente porque as últimas impressões deixadas por Kimi não são muito atraentes para que empresas atrelem seu nome a ele. Convenhamos que o título dele em 2007 foi muito mais por acaso do que por seus méritos. Numa análise mais fria, Kimi foi um dos mais fracos campeões dos últimos 20 anos — só perde para Hill. Se o sobrenome Senna teve notória dificuldade para arrumar empresas que o levassem rapidamente à F1, que dirá o nórdico. O que me faz entender que Barrichello virou, sabe-se lá por qual causa, um empecilho para a vida do grupo de Frank Williams.
E sem vaga na Williams, por tudo que já foi dito, é bem provável que Barrichello esteja, sim, em suas últimas provas na F1.