Blog do Victor Martins
F1

Fritura alemã

SÃO PAULO | A vida na Lotus Renault e a carreira de Nick Heidfeld na F1 está com os dias contados. Com 34 pontos, dois a mais que Vitaly Petrov — que no ano passado levou uma sova de Robert Kubica —, o alemão já está devidamente empanado pela cúpula da equipe.   Teoria e prática se aplicam. […]

SÃO PAULO | A vida na Lotus Renault e a carreira de Nick Heidfeld na F1 está com os dias contados. Com 34 pontos, dois a mais que Vitaly Petrov — que no ano passado levou uma sova de Robert Kubica —, o alemão já está devidamente empanado pela cúpula da equipe.  

Teoria e prática se aplicam. Nos bastidores, em alto e bom tom, o chefe Eric Boullier fala em “clara decepção” e afirma que o piloto “não foi o líder desejado”. Já há gente que prepare a chamada do jornal aqui como “a fritura que pode dar a Senna um lugar na F1”, em referência à sua participação no treino livre de sexta-feira na Hungria. Mas a tendência é que Grosjean deixe a GP2 para ter uma nova chance no time, dois anos de sua primeira fraca oportunidade.

A presença de Heidfeld na equipe foi defendida mundialmente por sua racionalidade. Era simples: com um carro teoricamente bem desenvolvido que poderia brigar pelas primeiras posições e Kubica fora do combate, era mais do que necessário um piloto experiente capaz de desenvolvê-lo. Nick era o único nestas condições disponível. Se por um lado ficou provado que o modelo deste ano, o R31, é deficiente, por outro o tedesco nunca se lançou como um líder capaz de apontar com previsão tais falhas e como corrigi-las.

Em meia temporada, Heidfeld preferiu ser Heidfeld e deu contornos derradeiros e desta forma merecidos a uma passagem na F1 sem vitórias. O negócio, agora, é aproveitar suas últimas corridas e depois tocar a viola num DTM da vida.