Blog do Victor Martins
F1

Pale Ale, 2

SÃO PAULO | Ora, ora, e não é que acordaram Webber? Desde Silverstone, Markola voltou a ser aquele leão de treinos que o marcou nos tempos de Jaguar. É um piloto de altos e baixos, Webber, mais baixos do que altos. Muitas vezes passa a impressão de que só faz um esforço extremo quando é realmente […]

SÃO PAULO | Ora, ora, e não é que acordaram Webber? Desde Silverstone, Markola voltou a ser aquele leão de treinos que o marcou nos tempos de Jaguar. É um piloto de altos e baixos, Webber, mais baixos do que altos. Muitas vezes passa a impressão de que só faz um esforço extremo quando é realmente necessário – tipo uma renovação de contrato, por exemplo. Fato é que deu uma acordada em Vettel, que ficou ali relegado a uma segunda fila que não via havia pelo menos 14 corridas e alguns contos de réis.

Duro para Webber são os prognósticos e o vamovê. Na Inglaterra, largou mal no seco, e sua corrida já era, ainda mais com a pista mezza molhada. Amanhã a chuva em Nürburgring é tão certa como beata em missa. O australopiteco não é nenhuma Brastemp nestas condições. Explica-se então Hamilton rindo à toa, como se estivesse ouvindo Falamansa, banda preferida de Felipe Giacomelli. Sabe quando falam em volta perfeita? A de Luis foi mais, ainda mais com essa sub-McLaren. Sonhar com a vitória é claramente possível. Problema é a afobação que lhe tem sido inerente neste ano.

Daí as coisas se voltam para Vettel, como sempre em 2011. “Não estou desapontado”, disse logo após a classificação. Nem tem por quê. Vê-lo largando em terceiro é pelo menos uma oportunidade de entender o que é capaz de fazer nesta rara adversidade, ainda que ínfima. O único fator que poderia atrapalhá-lo é uma suposta pressão aí do lado, ó, da foto. Vencer em frente à sua torcida. Mexe com qualquer um.

Em quarto, Alonso é o ‘free-agent’ da turma, ‘yo soy la garantía’. Bom demais no molhado e com um carro enfim bom, fecha a quadra que deve brigar pela vitória — com uma forcinha, dá para colocar Button, que guia o fino sob chuva, e c’est fini. Com os pormenores e deslizes dos três anteriores, o español até parte com certa banca e favoritismo para o triunfo germânico.

Kobayashi em 18º só pode ser um chiste de mau gosto. Um acinte. Um descalabro. Há de passar 17 amanhã e se tornar mais mito do que já é. Mas digamos que esteja perdendo lá um pouco de sua gleba para Pérez. O primo de Carla é bom, mesmo. Duro é essa Sauber que não sabe se sai da moita. Em Silverstone, chegou a brigar com a Mercedes. Agora em Nürburgring, é com Williams e Toro Rosso e olhe lá. Dá um carro bom na mão destes dois aí que é só alegria. Nóis agradece.

Quanto a Massa e Barrichello, nada além do que se esperava deles. Felipe larga em quinto, sempre com uma distância em cronômetro relevante para Alonso, e nada faz crer que amanhã andará no ritmo dos ponteiros e, pois, para a vitória. Rubens apegou-se ao 14º lugar no fim de semana. Mas o interessante da história é que a Williams descobriu que o carro está acima do peso. Votecontá, que cazzo andam fazendo lá em Grove que demoraram meia temporada para ver isso? E em vez de mandar o FW33 para o ‘The Biggest Loser’, tiraram o Kers do carro de Barrichello para melhor avaliá-lo. Santa paciência, Batman. Rubens deve estar passando pelo tratamento de choque do filme e repetindo ‘gusfraba’ como se fosse um mantra e se perguntando: “Que mal que eu fiz?”

Pai Zulu baixou aqui e falou que virão 2 safety-cars como tempero na corrida de amanhã. E como se fosse a chamada da TV, disse que a promessa é de uma grande corrida amanhã e altas disputas com esta galerinha do barulho num circuito daqueles que valem mais do que uma pena.