SÃO PAULO | Novo comunicado sobre o caso Tarso, vindo da assessoria de imprensa da CBA, ajuda a esclarecer poucas coisas e coloca muitas outras no ar:
“O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), julgou processo de redução de pena proposto pelo Piloto Tarso Annibal Sant´Anna Marques, em sessão realizada no dia 26 de maio.
O STJD resolveu, por unanimidade, reduzir a pena de dois para um ano, por uso de “Durateston” (substância considerada dopante), por entender que o Piloto era primário, de bons antecedentes e com excelente carreira no automobilismo nacional e internacional.
Como o Piloto já tinha cumprido mais de um ano de pena, entrou em condições de competição imediatamente.”
A nota indica, pois, que não houve recurso impetrado em dezembro, como dito pelo advogado de Tarso no comunicado emitido pela assessoria de Tarso. Foi solicitada uma redução de pena. A Wada determina que uma diminuição de punição só deve acontecer quando há “elementos justificáveis” — ser primário e de bons antecedentes não são, até porque há penas específicas justamente para estes casos.
Agora o comunicado fala que o produto usado foi durateston. Antes, não havia sido mencionado. Foram divulgadas anteriormente as substâncias noretisterona e 3-hidroxi-estanozolol — a primeira tem relação com o produto.
O informe também afirma que o piloto cumpriu um ano de pena. Não é verdade. A redução foi julgada pelo STJD em 26 de maio. Tarso participou da corrida de Ribeirão Preto em 6 de junho no ano passado. O anúncio de sua saída da Stock Car aconteceu em 27 de julho, quando sua assessoria omitiu o caso de doping e alegou pequeno orçamento da equipe e falta de competitividade.
O Grande Prêmio enviou um questionário à CBA ontem solicitando o esclarecimento completo do caso. Como se vê, ainda há mais perguntas. Principalmente esta: o que a entidade está escondendo?