Sou meio suspeito para falar de Douglas, que conheci antes de sua projeção nacional e internacional — fez carreira na América. Trata-se de um cara inteligente e esclarecido, que não largou os estudos para se aventurar somente no arriscado mundo do esporte a motor. E sentiu bem e pensou em como é ser tratado como gado na mão desta gente que só pensa em fatiar a carne.
Não me espanta sua decisão. Até imagino que outros vão seguir o mesmo caminho. Está cada vez mais caro brincar de ser piloto por aqui, e a exposição vai na contramão — vide Stock Car, que nem passa metade das corridas ao vivo, e Copa Montana, que diminuiu o tempo das corridas. E nada mudou depois da morte de Gustavo Sondermann: ameaçou chover lá no Velopark, e os caras ficaram com a devida cloaca na mão.
Essa gente aí que detém o poder deveria ler a entrevista. Deveria repensar algumas coisas. Mas é pedir demais. Para eles, Douglas é apenas menos um no seu rebanho.