Blog do Victor Martins
F-Indy

Anhembindy, 8

ANHEMBI | Chega a dar pena a sova que Will Power dá em seus rivais na Indy. Sério. Todo mundo vai lá, tira o máximo de si, imagina ter aquela vã esperança de conquistar a pole, quase sempre os mesmos: Dario Franchitti, Ryan Hunter-Reay, Scott Dixon, Ryan Briscoe. E o australiano, na maior calma do mundo, […]

ANHEMBI | Chega a dar pena a sova que Will Power dá em seus rivais na Indy. Sério. Todo mundo vai lá, tira o máximo de si, imagina ter aquela vã esperança de conquistar a pole, quase sempre os mesmos: Dario Franchitti, Ryan Hunter-Reay, Scott Dixon, Ryan Briscoe. E o australiano, na maior calma do mundo, espera e encaixa uma volta que faz pensar que o carro da Penske tem um eterno push-to-pass ou algo do tipo.

Quarta pole do ano para Power, 0s4 sobre o segundo colocado, invencibilidade mantida na temporada, mais um ponto para o bolso e dinheiro.

Hunter-Reay é quem terá a honra de ser o melhor da rapa. Dixon e Briscoe definiram a segunda fila e Rahal e o líder Franchitti partem na terceira.

O primeiro grupo do Q1 viu cair seu favorito. Sua, no caso. Simona de Silvestro não repetiu o excelente desempenho do treino livre 2, em que ficou a menos de um décimo de Power, e foi a primeira a ficar de fora — em sétimo lugar, portanto. Junto com ela ficou Tony Kanaan, que começou liderando a sessão e acabou logo atrás da pilota da HVM. Na loucura da intercalação dos tempos, De Silvestro vai sair na prova deste domingo em 13º no grid e Kanaan, em 15º. Raphael Matos fez companhia aos desclassificados, bem como Sebastián Saavedra, Michael Andretti e as outras duas mulheres, Danica Patrick e Bia Figueiredo. A brasileira, aliás, teve um sábado para se esquecer, ficando invariavelmente em penúltimo ou último.

Falando, então, de quem passou, Graham Rahal apareceu na frente, com 1min23s128, pouca coisa na frente de Helio Castroneves. Ryan Hunter-Reay — que na TV ganhou vários outros nomes —, Sébastien Bourdais, James Hinchcliffe e Takuma Sato, este sem bater, rodar, escapar ou triscar o muro, ganharam o direito de ir à fase 2.

Mais forte, a segunda divisão mostrou a força de Will Power, que virou 1min22s282. Seu companheiro Ryan Briscoe foi meio segundo mais lento, mas garantiu-se entre os seis primeiros para passar ao Q2, bem como as Ganassi de Scott Dixon e do campeão Dario Franchitti, da Andretti de Mike Conway e da Dreyer & Reinbold de Justin Wilson. Vitor Meira acabou sendo a Simona da vez, terminando na bica e com um 14º posto no grid. Ernesto Viso, saco de pancadas da KV-Lotus, mal treinou depois da batida no treino livre 2. Nada de incidentes foram registrados.

O Q2 veio com Hunter-Reay abrindo os trabalhos na frente, sendo superado pelo xará Briscoe na metade dos 10 minutos a que todos tinham direito. Na sequência dos atos, Franchitti cravou 1min22s651, Rahal o superou por um único milésimo e Power jantou todos. Aí o ciclo foi reiniciado, curiosamente: Hunter-Reay marcou 1min22s337, Briscoe reapareceu na frente e Franchitti o passou. Rahal não cumpriu sua parte, mas Power sim: 1min22s067.

Os cinco citados foram para a superpole mais Scott Dixon, meio que como coadjuvante. Castroneves repetiu o desempenho de suas últimas provas, sendo pior que seus companheiros. Sem passaporte à fase final, vai largar em sétimo. Ironia do destino, Wilson — aquele cujo carro tinha a ‘lista de acertados por Helio’ hoje de manhã —, larga bem a seu lado, em oitavo.

Na superpole, lá foi Hunter-Reay ser o primeiro a ir à pista, lá foi Rahal, lá foi Dixon. E Power lá, ainda nos boxes, tranquilo, esperando alguns minutinhos. Faltando 4 para o fim, o neozelandês da Ganassi marcou 1min22s556 para ficar com o melhor tempo. Hunter-Reay, coitado, esperançoso, 1min22s297. Aí Power foi deselegante: 1min21s895, quase 6 segundos melhor que a pole do ano passado.