Blog do Victor Martins
F-Indy

Anhembindy, 4

ANHEMBI | Boa tarde, Anhembi ao vivo e ‘in loco’, que é sempre o que vale. O sol voltou à capital paulista, temperatura já chegou a 27ºC, assim deve ficar até o fim de semana, seco. Mas aí vai uma boa história. A organização da corrida da Indy aqui em São Paulo queria aproveitar a coincidência […]

ANHEMBI | Boa tarde, Anhembi ao vivo e ‘in loco’, que é sempre o que vale. O sol voltou à capital paulista, temperatura já chegou a 27ºC, assim deve ficar até o fim de semana, seco.

Mas aí vai uma boa história.

A organização da corrida da Indy aqui em São Paulo queria aproveitar a coincidência da data com o aniversário de morte de Ayrton Senna para render algumas homenagens. Desde outubro do ano passado, começou-se a confabular o que poderia ser feito. Duas ideias começaram a vingar: a de trazer o Penske #4 com a qual o brasileiro fez um teste em 1992, no misto de Firebird, e a de os cinco pilotos locais usarem um capacete dividido, com pintura entre as que usam normalmente e a outra parte lembrando as cores de Ayrton.

Evidente que havia uma série de empecilhos. Tirar o veículo lá do museu em Mooresville para trazer a São Paulo, além de uma questão logística, tem todo um envolvimento sentimental. Roger Penske não deixa que se mexa em absolutamente nada, a não ser que se ponha o veículo para um shakedown, acionar o motor, coisa e tal. E tem outra: o carro era patrocinado pela Marlboro.

A propaganda tabagista é proibida por aqui. E é proibido tirar a poeira, que dirá o adesivo.

Aí deixaram de lado um tempo, e depois quando tentaram reativar a proposta, já se fazia tarde. Partiram para a sugestão dos cascos com pintura à la BAR 1999, que seriam posteriormente mandados ao Instituto Ayrton Senna.

Só na etapa de Long Beach, portanto há duas semanas, que foram questionar os pilotos se seria viável. Não, claro, os capacetes para esta prova, com seus respectivos patrocinadores, já estavam com seu layout definido há muito tempo. Chegou-se a um consenso de que deveriam ser pegos, então, cinco capacetes, que seriam pintados pela Artmix com as metades propostas, sem ‘sponsors’, e posteriormente assinados por Castroneves, Kanaan, Meira, Matos e srta. Figueiredo.

Toparam, e a homenagem seria anunciada ontem, com as pompas devidas. Mas acabou cancelada.

A organização alegou que os custos, R$ 25 mil pelos cascos desenhados, eram muito altos.