A capa é forte, mas traduz bem o peso que demos a este material de 40 páginas, que também traz depoimentos de membros de outras confederações — que consideram a atitude da CBA como “inaceitável” —, levanta casos de doping de brasileiros e de outros pilotos e, principalmente, traz a versão de Tarso, que alega inocência e que há um recurso a ser julgado no STJD — que não é confirmado pelo tribunal.
Além dos trabalhos de Gomes, Paranhos, Silva, Giacomelli e as ladies Guimarães e Marino, destaco a sempre primorosa arte gráfica de Bruno Mantovani e a utilíssima colaboração de Ivan Capelli.
E sobre o conteúdo, mesmo, de coração, não é nenhuma acusação a Tarso, a piloto nenhum. É mais uma constatação de como o automobilismo nacional está às traças, jogado às mentiras e acordos, definhando e mofando a passadas largas. É por isso que essa comissão de pilotos pode ser o alento de que o esporte necessita, se andar na direção certa e puser na mesa tudo que está entalado há anos e anos. Eles, pilotos, têm tudo a seu dispor para realmente ditar as regras. Senão vão descarga adentro junto com eles, os dirigentes.