Blog do Victor Martins
Automobilismo brasileiro

Como o Detran?

SÃO PAULO | Paulo Kunze, 67, não resistiu ao violento acidente em Interlagos e se tornou a quarta vítima fatal em menos de quatro anos no autódromo paulista. Neste caso, não foi na Curva do Café, mas as estatísticas aumentam e pouca coisa é feita. Li há pouco na Folha de hoje que a CBA […]

SÃO PAULO | Paulo Kunze, 67, não resistiu ao violento acidente em Interlagos e se tornou a quarta vítima fatal em menos de quatro anos no autódromo paulista. Neste caso, não foi na Curva do Café, mas as estatísticas aumentam e pouca coisa é feita. Li há pouco na Folha de hoje que a CBA pretende se mexer, oh!. “Vamos ver, agora, a questão dos sexagenários em diante”, alguém lá bradou. E Cleyton Pinteiro falou na ideia de fazer algo parecido com as carteiras de habilitação comuns, de nós, seres impilotáveis, para quem está acima dos 60 a cada três anos.

Ai, ai, ai. Vamos lá. O automobilismo, creio que não preciso eu explicar, é diferente de chegar numa auto-escola e do Detran. E, com todos os seus problemas e custos que impõem aos pilotos, apresenta uma legislação mais avançada. Por exemplo: seja lá um piloto de 15 ou um de 70, todos são obrigados a fazer exames médicos e renovar suas carteirinhas anualmente. O negócio vai regredir, então, é isso?

Outro dia sugeri que seriam necessários ‘coaches’ para avaliar se os pilotos são aptos para correrem, que dessem aval e liberação para sentarem num carro ou numa moto e que houvesse um limite de categoria a que poderiam atingir. Não conhecia o sr. Kunze, vi por uma foto. Digamos que não havia um preparo físico ideal para a prática de um esporte em que ele passa dos 200 km/h. E a idade pesa. Um acidente de fortes proporções como este acaba sendo fatal. Que tal um rigor maior nos testes físicos ao menos em vez de pensar no tempo de realização destes exames? Mas não. E a coisa funciona assim, como o Adriano Lubisco falou no Twitter: “É só levar um atestado, que pode ser conseguido na praça da Sé, e pagar”.

Gente…