Blog do Victor Martins
Stock Car

-30 pontos e + confusão

RIBEIRÃO PRETO | Está lá no regulamento técnico da Stock Car, artigo 17.1.5, que se refere à quantidade de combustível que sobra no final da classificação ou da corrida, que pelo menos 3 L de etanol devem resultar no tanque para que seja submetido ao crivo dos comissários. Também está no regulamento, mas esportivo, artigo 70, que não […]

RIBEIRÃO PRETO | Está lá no regulamento técnico da Stock Car, artigo 17.1.5, que se refere à quantidade de combustível que sobra no final da classificação ou da corrida, que pelo menos 3 L de etanol devem resultar no tanque para que seja submetido ao crivo dos comissários. Também está no regulamento, mas esportivo, artigo 70, que não haverá desclassifações após a bandeirada e que se for verificada uma irregularidade técnica, a equipe e/ou o piloto receberão uma multa de R$ 100 mil e terá uma perda de 30 pontos. O parágrafo único encerra a benquerença alertando que, caso haja um recurso da punição e a confirmação da mesma, haverá a exclusão sumária e absoluta do campeonato.

Pois Felipe Maluhy teve um problema de consumo de combustível, chegou a corrida de Interlagos praticamente no embalo, em 11º, e teve seu carro vistoriado. E não encontraram os tais 3 L de etanol. O resultado oficial da corrida demorou a sair, e a nova pontuação, idem: lá está no site da Stock Car -21 para o piloto na classificação geral — considerando os nove que havia feito em Curitiba. “Nem sei se perdi os 30 pontos”, admitiu Felipe. “Foi uma coisa tão descabida que acho que a própria CBA e a Vicar estão estudando como é que vão resolver. Não faz sentido.”

Soube que Duda Pamplona, companheiro de Maluhy e chefe da ProGP, mandou um e-mail para os demais chefes de equipe pedindo encarecidamente que se juntem e eliminem do campeonato tal regra — que já havia sido alertada pelos doutos veículos de comunicação, este e o Grande Prêmio. Pamplona alegou que houve um erro na vistoria e que, na verdade, havia 5 L de etanol.

Falei com Maluhy há pouco. O piloto estava incerto de sua punição, mas afirmou que o regulamento da CBA havia apresentado um adendo à regra, batendo na tecla de sua inconstitucionalidade. Não há adendo algum. A regra está lá. E se os dirigentes não se unirem para retirá-la, e a ProGP seja novamente condenada, o esporte vai conhecer sua primeira eliminação.

Neste caminho, pelo jeito, será necessária a criação também de uma comissão de chefes de equipe…