Blog do Victor Martins
F-Indy

Indyotice

SÃO PAULO | A Indy sempre deu um baile na F1 em relação ao tratamento que dá ao fã, sobretudo na internet. A bem da verdade, é como bater em cachorro morto: enquanto a F1 restringe uso de suas imagens e adota uma política de fiscalização de fazer inveja à KGB, a Indy sempre liberou […]

SÃO PAULO | A Indy sempre deu um baile na F1 em relação ao tratamento que dá ao fã, sobretudo na internet. A bem da verdade, é como bater em cachorro morto: enquanto a F1 restringe uso de suas imagens e adota uma política de fiscalização de fazer inveja à KGB, a Indy sempre liberou tudo em seu site e para download; se a F1 não passa seus treinos ao vivo e tem a mesma cara de sua cronometragem há anos, a Indy sempre busca coisas novas e até o ano passado proporcionava a transmissão ao vivo e com comentários dos especialistas.

Semanas atrás, vi que houve uma certa chiadeira porque a Indy iria abandonar o ‘streaming’, numa combinação de pedido da Versus — que transmite as provas nos EUA, com pouca audiência — com altos custos. Acompanhar o primeiro treino lá em São Petersburgo pelo site foi um terror: nem os tempos e as posições dos pilotos estavam funcionando corretamente. No lugar onde ficavam as imagens, agora aparece um vídeo à la twitcam, com o desenho da pista e a representação por bolinhas com números dos carros de onde os pilotos estão.

Confesso que não compreendo estas bolas fora que as empresas, no caso categorias, dão. Pior, cobra agora quase US$ 35 para acessar uma área exclusiva que não é nada chamativa. Não que fosse o ano de sua afirmação ou coisa do tipo — 2012 o será, com todas as mudanças nos carros, com chassi e kits aerodinâmicos novos —, mas a Indy de Randy Bernard, que parecia nos trilhos e muito mais encaminhada que na época de Tony George, só vai afastar seus tantos seguidores — no caso do Brasil, é bom lembrar que a Band não passa todas as provas ao vivo e nenhum treino livre; só vê a corrida quem tem TV a cabo ou uma boa conexão de internet.

A Indy conseguiu matar seu diferencial. Aos olhos do mais intenso espectador e seu consumidor, virou oficialmente uma categoria comum. Na internet, conseguiu o impossível: descer ao mesmo nível da F1.